Ouro no 4x100: a façanha do atletismo do Brasil no Mundial
O atletismo brasileiro alcançou no fim de semana uma das suas maiores façanhas em toda a história do País no esporte. A medalha de ouro da equipe masculina de 4x100 metros, no Mundial de Revezamento, no Japão, representa um título inédito e perseguido há mais de 20 anos pelos melhores velocistas do Brasil. A vitória foi celebrada no estádio de Yokohama por Rodrigo Nascimento, Derick Silva, Jorge Vides e Paulo André.
Coincidência ou não, o ouro veio no mesmo local que consagrou Ronaldo, Rivaldo e companhia com o título da Copa do Mundo de Futebol, em 2002.
Foi a primeira vez que o atletismo nacional conseguiu o primeiro lugar numa competição de ponta com uma prova de equipe – o único ouro em Mundial até então pertencia à Fabiana Murer, no salto com vara, em 2011, em Daegu (Coreia do Sul).
A equipe masculina de 4x100 metros já havia batido na trave em 1999, quando obteve a medalha de bronze no Mundial de Sevilha. Em 2003, foi mais longe ainda e garantiu a prata no Mundial de Paris.
Em Jogos Olímpicos, o 4x100 metros com homens também já ganhou duas medalhas – uma de bronze em 1996, em Seul, e outra de prata, em 2000, em Sydney.
Os cinco ouros olímpicos do atletismo do Brasil vieram de provas individuais – Adhemar Ferreira da Silva, no salto triplo, em 1952 e 1956; Joaquim Cruz, nos 800 metros, em 1976; Maurren Maggi, no salto em distância, em 2008; e mais recentemente Thiago Braz da Silva, no salto com vara, que emocionou milhares de pessoas no Engenhão, no Rio 2016.
Um dado mais animador para os fãs do atletismo nacional é que os quatro novos medalhistas são jovens. Jorge Vides tem 26 anos, Rodrigo Nascimento, 24, Derick Silva, 21, e Paulo André, 20. Para chegar ao ouro em Yokohama com o tempo de 38s05, eles desbancaram os favoritos norte-americanos, que contavam na equipe com Justin Gatlin – campeão olímpico e mundial em provas de 100 metros e hoje com 37 anos.
O Mundial de Revezamento, no Japão, foi a quarta edição da competição, disputada em 2014, 2015 e 2017 em Bahamas. Desde 2015, passou a ser bienal.
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