Auditoria feita pelo Porto encontra irregularidades em operações envolvendo o clube
A antiga direção do clube impactou negativamente as finanças da equipe
O Porto vive uma crise institucional. O clube apresentou as conclusões de uma auditoria que foi conduzida pela Deloitte sobre os últimos anos da administração Jorge Pinto da Costa. A empresa encontrou irregularidades nas operações do clube que chegam a cerca de 58,6 milhões de euros em comissões, no período entre as temporadas 2014/2015 e 2023/2024.
As irregularidades são de gastos da antiga diretoria do clube com joias, viagens de luxo e comissões em negociações. O estudo concluiu que essas práticas trouxeram impactos negativos para as finanças dos Dragões.
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A investigação das 10 temporadas revelou que o clube pagou 155,9 milhões de euros em comissões a empresários e intermediários, quando esse valor deveria ser na casa dos 105,9 milhões de euros. Neste período, o Porto realizou 879 transferências e teve um impacto negativo de 50 milhões de euros.
O relatório também revelou que 35% das negociações que aconteceram neste período tiveram o envolvimento de três agentes: Jorge Mendes, Pedro Pinho e o brasileiro Giuliano Bertolucci. Além disso, 55 transferências foram auditadas e foi revelado que 51 delas não apresentavam uma documentação de suporte, um relatório ou observação técnica.
A auditoria também revelou que a antiga administração do clube gastou 700 mil euros em viagens privadas que não estavam relacionadas às atividades do clube, tendo como destinos Cuba, Maldivas e México. Além disso, foi constatado que os diretores do clube gastaram 70 mil euros do clube com joias.
A investigação havia sido uma promessa de campanha de André-Villas Boas, atual presidente do clube. Ele se pronunciou sobre o caso e disse que sua conclusão marcará uma nova era dentro do clube.
- A conclusão desta auditoria marca o início de uma nova era para o Futebol Clube do Porto. Este é um compromisso cumprido com os nossos sócios e torcedores, que merecem um clube transparente e exemplar na sua gestão. As evidências encontradas não só revelam desafios do passado, mas também permitem virar a página e construir um futuro mais sustentável e ético - afirmou o atual mandatário.
O ex-técnico com passagens por Chelsea, Tottenham e Olympique de Marseille se aposentou da beira dos gramados depois de deixar o clube francês em 2022. Dois anos depois, ele concorreu e venceu as eleições do Porto, seu clube do coração. Na votação, Villas-Boas teve boa vantagem e venceu Jorge Pinto da Costa, que deixou o cargo após ficar 42 anos como presidente dos Dragões.
