Bolsonaro e Crivella fazem acordo por novo autódromo no Rio
Pista será construída em um terreno do Exército sem dinheiro público
O presidente Jair Bolsonaro aproveitou nesta quarta-feira a visita ao Rio de Janeiro, onde participou das comemorações do Dia da Vitória, em homenagem ao fim da Segunda Guerra Mundial, há 74 anos, para assinar com o prefeito Marcelo Crivella um termo de cooperação para construção do novo autódromo do Rio de Janeiro, no bairro de Deodoro, na zona oeste da cidade.
Segundo Bolsonaro, a obra ficará pronta nos próximos 6 a 7 meses e será feita "sem nenhum dinheiro público". O autódromo será construído em um terreno do Exército, que alguns políticos cariocas afirmam ser uma reserva ambiental. De acordo com o presidente, "o Exército preservou a área" e a obra vai gerar milhares de empregos diretos e indiretos e muitos permanentes.
O antigo autódromo do Rio de Janeiro, localizado em Jacarepaguá, também na zona oeste da cidade, que recebeu provas de Fórmula 1 na década de 80, foi desativado em sua totalidade para a construção do Velódromo, utilizado nos Jogos Olímpicos de 2016.
Há cerca de 20 dias, a empresa promotora do GP do Brasil de Fórmula 1, a Interpub, afirmou que o comando da categoria fez contatos recentemente com outras cidades do País para avaliar um novo local para a prova. Como São Paulo só tem acordo para receber a corrida no autódromo de Interlagos até 2020, os organizadores contam que houve conversas com o Rio de Janeiro.
O comando da Fórmula 1 enviou cartas para Bolsonaro, para Crivella e para o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, para comunicar o interesse de realizar o GP do Brasil na capital fluminense a partir dos próximos anos.
A aproximação entre a Fórmula 1 e o Rio de Janeiro é antiga. Em novembro do ano passado, durante passagem pelo Brasil, o chefe da categoria, Chase Carey, viajou à cidade para se reunir com Witzel, que disse na ocasião considerar um compromisso receber a categoria nos próximos anos. O Rio vê como oportunidade sediar a prova a partir de 2021.