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F1 no Brasil: Chefão diz não ter pressa para definir futuro

Chase Carey deixa aberta briga entre São Paulo e Rio de Janeiro; Interlagos recebe pelo menos mais duas corridas

25 jun 2019 - 18h38
(atualizado às 18h59)
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Não foi nesta terça-feira que o GP do Brasil de Fórmula 1 teve o seu futuro definido. E, a julgar pelas declarações do norte-americano Chase Carey, atual chefão da categoria, os fãs de automobilismo do País vão ter que esperar mais um pouco para saber se a etapa seguirá no calendário e onde ele seria disputada, em São Paulo ou no Rio de Janeiro.

Na tarde desta terça, ele disse que a categoria não trabalha com qualquer prazo para a definição, após reunião com o governador João Doria, o prefeito Bruno Covas, secretários estaduais e o atual promotor do GP, Tamás Rohonyi. O contrato de São Paulo vai até o próximo ano.

Chase Carey
05/03/2019
REUTERS/Denis Balibouse
Chase Carey 05/03/2019 REUTERS/Denis Balibouse
Foto: Reuters

"Temos algum tempo ainda. Estamos focados em analisar as etapas cujos contratos se encerram neste ano", afirmou Carey. A lista de corridas que não tem vínculo para 2020 inclui Inglaterra, Espanha, Alemanha e México. "Mas a prova brasileira é importante para nós. O mercado brasileiro é tremendamente importante para nós", declarou.

Carey, contudo, admite que pretende analisar com cuidado as propostas de São Paulo e Rio, que aposta na construção de um novo autódromo em Deodoro para voltar a receber corridas - o que não acontece desde 1989. "Acho que temos tempo. Queremos avançar de forma cuidadosa, mas o mais breve possível."

Na entrevista, o diretor executivo da F-1 fez elogios a Tamás Rohonyi e lembrou da trajetória histórica do Brasil na categoria. "O Brasil é parte da nossa história, com muitos heróis das pistas. As provas aqui são sempre interessantes e esperamos que possamos manter esta tradição em novembro", afirmou, referindo-se ao GP deste ano.

Ao mesmo tempo, Carey fez questão de destacar que candidatos a receber etapas da F-1 devem atender agora a novos critérios, não apenas esportivos. "Queremos continuar crescendo e expandindo o esporte. Estamos focados em criar um grande evento de F-1 para todos os fãs, com diferentes espetáculos, que envolva as pessoas de todas as idades e que mexa com a cidade. Queremos que seja como um Super Bowl", ressaltou, ao mencionar a final do futebol americano.

"Queremos discutir mais sobre as oportunidades no Brasil. São discussões fechadas. Ainda não temos uma resposta. Mas estamos ansiosos para construir algo bom para nós e para os fãs do Brasil e do mundo", enfatizou Chase Carey.

Estadão
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