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Di Grassi supera Dennis na estratégia e vence em Londres. Vandoorne coloca mão na taça

Na base da estratégia, Lucas Di Grassi superou Jake Dennis e suportou os ataques do piloto da Andretti para vencer a primeira de 2022. Com corrida desastrosa de rivais, Stoffel Vandoorne sai de Londres muito próximo do título mundial

31 jul 2022 - 12h00
(atualizado às 12h33)
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Di Grassi bateu o favorito Dennis e venceu a corrida 2 de Londres
Di Grassi bateu o favorito Dennis e venceu a corrida 2 de Londres
Foto: Fórmula E / Grande Prêmio

FÓRMULA E VOLTA A LONDRES EM PISTA MODIFICADA PARA PRIMEIRO MATCH POINT DO ANO,

O final da segunda corrida da Fórmula E em Londres parecia parecido ao do dia anterior na ExCel Arena, mas Lucas Di Grassi surgiu com a estratégia certa nos últimos instantes, segurou a pressão de um Jake Dennis que tinha até o modo de ataque ativado e garantiu sua primeira vitória na temporada 2021/2022 — de quebra, também sua primeira no eP de Londres, a 13ª na categoria. A estratégia traçada pela Venturi com o modo ataque funcionou de forma perfeita para o brasileiro, que tomou a liderança no momento certo e não perdeu mais até o fim da corrida.

Em relação à briga pelo título, Stoffel Vandoorne sai de Londres com uma mão e meia na taça: terminou na quarta colocação e viu todos os seus rivais ficarem pelo caminho, saindo da corrida sem um ponto sequer — Edoardo Mortara foi o 12º, Mitch Evans e Jean-Èric Vergne abandonaram. Além disso, Sérgio Sette Câmara conseguiu terminar na nona colocação e somou os dois primeiros pontos da Dragon em 2022.

Agora, a Fórmula E tem apenas mais uma etapa pela frente. O grande campeão da temporada será coroado no final de semana dos dias 13 e 14 de agosto, com as últimas duas corridas da temporada no eP de Seul, na Coreia do Sul.

Vandoorne saiu de Londres muito próximo do título (Foto: Mercedes)

Confira como foi o eP de Londres 2:

Duas coisas se repetiram em relação à largada da primeira corrida: Dennis saltou bem e conseguiu manter a ponta sem problemas, e as primeiras curvas foram tomadas por incidentes. O principal deles envolveu a Mahindra de Oliver Rowland, que se chocou fortemente com a traseira da Andretti de Oliver Askew e destruiu a dianteira do carro — como resultado, abandonou ainda na primeira volta.

Logo na segunda volta, mais dois pilotos deixaram a disputa: Jean-Èric Vergne somou sua quarta corrida seguida sem pontuar e encostou o carro da DS Techeetah, e Dan Ticktum também recolheu o monoposto da NIO. Com os dois abandonos, o safety-car foi ativado.

Neste momento, o top-10 tinha a seguinte ordem: Jake Dennis, Lucas Di Grassi, Antonio Giovinazzi, António Félix da Costa, Nyck de Vries, Sébastien Buemi, Nick Cassidy, Maximilian Günther, Oliver Askew e Mitch Evans. O neozelandês da Jaguar era o único dos postulantes ao título que conseguia pontuar a essa altura da corrida — enquanto isso, Stoffel Vandoorne era 11º e Edoardo Mortara andava em 14º.

A relargada foi liberada pela direção de prova na sexta volta, e Nyck de Vries logo inaugurou a ativação do modo de ataque. Buemi tomou a quinta colocação pela necessidade do rival de sair do traçado, mas o atual campeão utilizou a potência extra para retomar a posição pouco depois. Na volta seguinte, De Vries manteve o ritmo e tomou o quarto lugar de Da Costa — e no oitavo giro, a vítima da vez foi Giovinazzi.

De Vries ainda tomou o segundo lugar de Lucas Di Grassi quando o brasileiro ativou o modo ataque na volta 9, mas o piloto da Venturi logo retomou a posição. Neste momento, metade do grid tinha a potência extra ativada — o líder Jake Dennis foi um dos últimos e passou apenas na volta 11, mantendo a liderança sem maiores problemas.

Ainda na volta 11, um detalhe chamou atenção: um pedaço da asa dianteira da Mahindra de Rowland, acidentado ainda na primeira volta, se fazia presente no meio da pista. Assim, todos os pilotos precisavam desviar da peça, que estava literalmente no meio da pista. Mesmo com a ativação do safety-car, a direção de prova optou por não retirar o objeto.

A briga ficou intensa entre Nyck de Vries, terceiro colocado, e António Félix da Costa — que queria a posição do rival e tinha o modo ataque ativado —, e o português conseguiu tomar a posição do neerlandês na volta 14. Neste momento, apesar da potência extra de Di Grassi, Dennis conseguia liderar com tranquilidade e gerenciava uma vantagem de 0s7 em relação ao brasileiro.

Quanto aos concorrentes ao título, Evans fazia a melhor corrida até então: era o quinto colocado, recuperando nove posições em relação à largada. Vandoorne também conseguia boa recuperação com o sexto lugar, enquanto Mortara ainda andava em décimo. Com esse resultado, a distância do piloto da Jaguar em relação ao rival da Mercedes no Mundial de Pilotos passava a ser de 20 pontos.

Em fim de temporada terrível, Vergne abandonou em Londres e zerou mais uma (Foto: Fórmula E)

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A liderança da corrida mudou apenas na volta 18, encerrando o sonho de um Grand Chelem duplo para Dennis — pole-position, melhor volta e vitória de ponta a ponta —, quando o piloto da Andretti optou por realizar a segunda ativação obrigatória do modo de ataque e perdeu a ponta para Di Grassi.

No 21º giro, entretanto, a situação se inverteu: Lucas ativou a potência extra e perdeu o primeiro lugar, mas começou a pressionar fortemente o britânico. A vantagem durou até a volta 23, mas o brasileiro não conseguiu tomar a liderança.

Mais atrás, Evans seguia em recuperação e tomava o quarto lugar de Da Costa, no que foi seguido por Vandoorne — que jogou o potuguês da DS Techeetah para a sexta posição. Enquanto isso, Mortava andava em 12º após cometer um erro, rodar sozinho e perder duas posições.

Giovinazzi, que havia largado em terceiro, abandonou com problemas no carro na volta 19. Assim, coube a Sérgio Sette Câmara tentar buscar o primeiro ponto da Dragon na temporada — feito que quase conseguiu na véspera. O brasileiro andava dentro do top-10 até a última volta, mas sofreu com uma pane no painel do carro que impedia a visualização da quantidade de energia. Assim, ficou sem bateria no último giro e nem conseguiu completar a prova. Com oito minutos para o fim da corrida 2, era o 11º e ainda tentava entrar no top-10.

Dennis fez a terceira passagem obrigatória pelo modo de ataque na volta 29 e novamente perdeu a ponta para Di Grassi, que forçou o ritmo ao máximo para tentar criar uma vantagem que o possibilitasse manter a liderança. O piloto da Venturi se manteve à frente da Andretti, e o britânico não conseguiu aproveitar a vantagem para retomar a primeira colocação.

Na 35ª volta, quando a corrida já estava no segundo minuto da prorrogação, aconteceu o inesperado: Mitch Evans sentiu um problema do carro e abandonou imediatamente a corrida. Assim, a situação de Vandoorne no campeonato ficou extremamente confortável.

Lá na frente, Dennis tentou atacar Di Grassi, mas preferiu segurar o ritmo ao ver sua bateria chegar próxima do fim. Assim, o brasileiro não teve problemas para segurar a primeira vitória da temporada, com mais de 3s de vantagem para o segundo colocado.

Fórmula E 2021/2022, eP de Londres 2, ExCel Arena:

1 L DI GRASSI Venturi Mercedes 38 voltas
2 J DENNIS Andretti +3.191
3 N DE VRIES Mercedes +4.508
4 S VANDOORNE Mercedes +10.358
5 A.F DA COSTA DS Techeetah +13.946
6 S BUEMI Nissan +20.399
7 R FRIJNS Envision +20.850
8 S BIRD Jaguar +21.748
9 S. SETTE CÂMARA Dragon Penske +28.913
10 P WEHRLEIN Porsche +29.685
11 A SIMS Mahindra +30.611
12 A LOTTERER Porsche +31.644
13 E MORTARA Venturi Mercedes +35.147
14 O TURVEY NIO +37.285
15 M GÜNTHER Nissan +1:19.833
16 M EVANS Jaguar NC
17 N CASSIDY Envision NC
18 O ASKEW Andretti NC
19 A GIOVINAZZI Dragon Penske NC
20 J.E VERGNE DS Techeetah NC
21 D TICKTUM NIO NC
22 O ROWLAND Mahindra NC
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