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Diriyah reforça potência da Porsche na Gen3 e esboça primeiros favoritos na Fórmula E

Motores fabricados pela Porsche repetem 1-2 na segunda etapa da temporada 2022/2023 da Fórmula E, desta vez com Pascal Wehrlein à frente. Potência chama atenção no início do campeonato, que começa a dar suas primeiras respostas

27 jan 2023 - 19h07
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Wehrlein comemora em Diriyah: Porsche começa muito forte na Fórmula E 2022/2023
Wehrlein comemora em Diriyah: Porsche começa muito forte na Fórmula E 2022/2023
Foto: Fórmula E / Grande Prêmio

A Era Gen3 da Fórmula E ainda engatinha, procurando suas primeiras respostas após uma revolução completa nos carros da categoria, e o eP de Diriyah 1 — realizado nesta sexta-feira (27) — começou a trazer os primeiros esclarecimentos sobre a ordem de forças da temporada 2022/2023 e aqueles que podem se dar ao luxo de sonhar com o título mundial. A Porsche agradece.

O motor alemão já havia iniciado o campeonato da melhor forma possível, com direito a 1-2 na Cidade do México. No entanto, o vencedor da abertura não pilotava pela equipe de fábrica: Jake Dennis, da Andretti, triunfou no Autódromo Hermanos Rodríguez e viu Pascal Wehrlein chegar em segundo.

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Foi a primeira demonstração de força da montadora em 2023, potencializada pela presença dos quatro carros com motores Porsche entre os sete primeiros [André Lotterer terminou em quarto, enquanto António Félix da Costa foi o sétimo].

Nesta sexta, em Diriyah, uma repetição quase que completa da estreia deixou claro que o trem de força da Porsche não é pura ilusão. O destaque do fim de semana até o início da corrida era, sem dúvidas, a Jaguar: no TL1, Sam Bird liderou e Mitch Evans ficou em terceiro; no TL2, Sébastien Buemi ficou em segundo — o time inglês fornece seus motores à Envision — e o neozelandês conseguiu novamente a terceira posição.

Wehrlein utilizou toda a potência do conjunto Porsche para sair em nono e vencer em Diriyah
Wehrlein utilizou toda a potência do conjunto Porsche para sair em nono e vencer em Diriyah
Foto: Fórmula E / Grande Prêmio

Na classificação, o resultado forte se confirmou — os quatro carros com motor Jaguar ficaram dentro do top-10, com Buemi na pole, Bird em terceiro, Evans em sexto e Nick Cassidy em décimo. Wehrlein? Largou apenas na nona posição, enquanto Dennis estava em situação ainda pior: no 11º lugar.

António Félix da Costa teve sua dianteira destruída logo na segunda curva, o que impediu que o português pudesse competir, mas o resultado final da Porsche na primeira corrida árabe é incontestável: Pascal saiu da nona posição para ultrapassar todos à sua frente — motores Jaguar, Nissan, NIO e Mahindra — e vencer de maneira soberba, enquanto Dennis fez o mesmo para chegar logo atrás.

O alemão pressionou o então líder Bird de todas as formas possíveis e mostrou que o conjunto da Porsche consegue aliar velocidade e eficiência — ao mesmo tempo em que registrava voltas mais rápidas do que o britânico, Pascal também conseguia manter 2% de energia a mais do que o rival, quantidade que pode ser vital na Fórmula E.

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Segundo colocado, Dennis ganhou dez posições em relação ao grid de largada e manteve a liderança do campeonato
Segundo colocado, Dennis ganhou dez posições em relação ao grid de largada e manteve a liderança do campeonato
Foto: Fórmula E / Grande Prêmio

Além disso, na entrevista pós-corrida, o próprio Bird afirmou ter identificado algumas melhorias no carro alemão, que teria se mostrado consideravelmente superior nas curvas de baixa velocidade. O fato é que o inglês não teve como competir com Wehrlein, que poderia ter tomado a ponta antes — se não tivesse fritado os pneus.

O único a conseguir imprimir qualquer tipo de pressão em Pascal, surpreendentemente — ou não —, largou em condições ainda mais adversas do que o alemão. Jake Dennis saiu da 12ª posição e enfileirou um por um à sua frente, coroando a atuação com uma ultrapassagem tripla maravilhosa sobre Jake Hughes, René Rast e Sébastien Buemi para tomar o terceiro lugar.

O britânico da Andretti ainda deixou Bird para trás em seguida e chegou a pressionar Wehrlein, em um fim de corrida que deixou o alemão aliviado — afinal, Dennis parecia ter ritmo de sobra para tomar a liderança em caso de mais uma volta.

Buemi largou na pole, mas não teve ritmo suficiente para se segurar na zona do pódio
Buemi largou na pole, mas não teve ritmo suficiente para se segurar na zona do pódio
Foto: Fórmula E / Grande Prêmio

Por fim, as más notícias: a Maserati colecionou mais um dia para esquecer em sua primeira temporada na Fórmula E, que tem passado longe do que a equipe esperava — principalmente após incorporar a vice-campeã do ano passado, Venturi. Maximilian Günther nem participou da corrida após se acidentar na classificação, enquanto Edoardo Mortara também abandonou com sete voltas para o fim, quando não conseguia passar do 15º lugar. Preocupante.

A única equipe a ter mais dores de cabeça do que os italianos é a Abt Cupra, que além dos péssimos resultados, ainda possui o ônus de não ter absorvido uma estrutura previamente estabelecida — como fizeram Maserati e McLaren, por exemplo. Sem o líder da equipe, Robin Frijns, Kelvin van der Linde foi responsável pelo melhor resultado do dia, um 16º lugar.

Se a segunda corrida da temporada está muito longe de decidir alguma coisa, ao menos os primeiros favoritos vão sendo desenhados. Dennis, atualmente em ritmo alucinante, e Wehrlein, que faz uso da estratégia como poucos no grid, se colocam como candidatos.

A Maserati vive um pesadelo neste início de caminhada na Fórmula E
A Maserati vive um pesadelo neste início de caminhada na Fórmula E
Foto: Maserati / Grande Prêmio

Seus companheiros de equipe, Lotterer e Da Costa, também possuem motivos para sonhar, dado o conjunto que têm em mãos — ainda que a distância na tabela de classificação deixe os dois primeiros em vantagem.

A Jaguar ainda precisa acertar a confiabilidade de seu carro, mas não pode reclamar do resultado em Diriyah. Bird garantiu seu primeiro pódio desde o eP de Nova York 2 de 2021, e Evans deixou alguns pontos de interrogação sobre como seria sua corrida, se não fosse por um erro que o fez cair para nono — o neozelandês andava em quarto naquele momento.

Maserati, Abt e DS Penske com uma pulga atrás da orelha, Porsche sorrindo à toa e Jaguar ainda enxergando uma luz no fim do túnel: o eP de Diriyah 1 trouxe as primeiras respostas da temporada 2022/2023 da Fórmula E e deixou alguns esboços no ar. Certamente, a segunda corrida do fim de semana será vital para entender se os sinais foram mal interpretados.

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