Doohan supera Drugovich nos boxes e vence corrida 2 da F2 na Bélgica. Fittipaldi é 5º

Jack Doohan venceu a corrida principal da rodada da Bélgica da Fórmula 2, realizada neste domingo (28) em Spa-Francorchamps. O australiano fez uma ótima largada e se valeu de um pit-stop melhor que o de Felipe Drugovich para assumir a ponta e conquistar a sua terceira vitória na temporada 2022.

Liam Lawson, vencedor da sprint race, chegou em terceiro, fechando o fim de semana com dois pódios. Richard Verschoor foi o quarto colocado, à frente de Enzo Fittipaldi, que lutou bastante durante toda a corrida e terminou em quinto, com Logan Sargeant logo atrás.

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David Beckmann se defendeu na volta final do ataque de Ayumu Iwasa e cruzou a linha de chegada à frente do japonês, em sétimo. Jüri Vips e Clement Novalak, companheiro de Drugovich na MP, completou os dez primeiros.

Théo Pourchaire abandonou ainda nas primeiras voltas e agora está a 43 pontos de Drugovich na classificação.

A Fórmula 2 volta no próximo fim de semana, em Zandvoort, para a disputa da 12º rodada. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades da temporda 2022 da F2.

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Jack Doohan e Felipe Drugovich (Foto: Reprodução/F2)

A F2 partiu para a disputa da corrida principal com um clima bem ameno na Bélgica, porém sem qualquer chance de chuva. Os termômetros marcavam 17°C, com o asfalto chegando aos 22°C e umidade relativa do ar na casa dos 70%.

Na pole-position, Drugovich fez uma ótima largada, mantendo a ponta com certa margem. Já Fittipaldi teve dificuldades e foi superado por um impressionante Doohan, que tracionou melhor e pulou de quarto para o segundo posto. Já Sargeant, em terceiro, largou muito mal, dando a impressão de até ter tido problemas. O americano cruzou a linha de chegada ao final da primeira volta apenas em sétimo, logo à frente de Pourchaire.

Sem incidentes na largada, os dez primeiros após o primeiro giro eram: Drugovich, tentando escapar na ponta, mas sendo acompanhado de perto de Doohan, Beckmann, Fittipaldi, Lawson, Verschoor, Sargeant, Pourchaire, Ralph Boschung e Marcus Armstrong.

Na volta 3, Pourchaire começou a ficar estranhamento lento na pista, aparentemente por perda de potência. Ele ainda tentou permanecer, mas em vão: teve de recolher aos boxes e passou a torcer para Drugovich ao menos não ganhar, já que, numa eventual vitória do brasileiro, a diferença no campeonato passaria a ser de 50 pontos.

Enquanto isso, na pista, Fittipaldi lutava para recuperar posições e impedir o ataque dos rivais que vinham atrás. Na volta 5, o brasileiro dividiu várias curvas com Lawson, e os dois chegaram a se tocar, mas o neozelandês levou a melhor e assumiu o quarto posto.

Na frente, Doohan já aparecia a 0s5 de Drugovich e ensaiava uma tentativa de aproximação ainda mais efetiva em busca da ultrapassagem, mas o líder do Mundial conseguia ser mais rápido no segundo setor, mais travado, e mantinha distância.

No oitavo giro, a janela de pit-stops foi aberta para os pilotos que optaram pelos pneus macios na primeira perna da corrida. Fittipaldi foi o primeiro a trocar pneus, seguido por Sargeant. Na parada do americano, no entanto, os mecânicos o liberaram no meio do trânsito que se formou no pit-lane, quase provocando uma batida. Não demorou para a direção de prova anotar o incidente. Além da dupla, Armstrong, Boschung, Vesti, Tatiana Calderón, Roy Nissany e Jehan Daruavala também paravam.

Théo Pourchaire ficou desolado com o abandono (Foto: Reprodução/F2)

Quem também teve problemas na parada foi Lawson, nos pneus dianteiro direito e traseiro esquerdo, mas voltou à frente de Fittipaldi. Na volta 10, o brasileiro partiu para o ataque sobre o piloto da Carlin, em disputa válida pelo décimo lugar após as paradas. O neozelandês deu uma espalhada para cima de Enzo, que foi parar fora da pista e retornou à frente de Lawson, mas teve de devolver a posição por ter ganhado vantagem.

Enquanto isso, Doohan entrava para fazer o seu pit-stop e Drugovich seguia na pista, tentando abrir o máximo possível de vantagem para retornar à frente do australiano após a troca obrigatória. Mas a MP chamou o brasileiro em seguida e não fez um trabalho tão bom. Com isso, o líder voltou atrás do piloto da Virtuosi.

Várias disputas por posições aconteciam no pelotão de trás. Hauger e Armstrong também ficavam lado a lado, dividindo curvas e até saindo da pista. Tanto o norueguês quanto o neozelandês receberam 5s de punição na sequência.

Na volta 14, Drugovich voltou a se aproximar consideravelmente de Doohan, que tentava abrir caminho no pelotão intermediário para evitar o confronto direto pela vitória contra o brasileiro. Nos giros seguintes, os pilotos que haviam largado com pneus médios começaram a fazer suas paradas e, com isso, a turma que tinha partido com os compostos macios começou a subir posições.

Na volta 17, Verschoor e Clement Novalak enfim foram para os boxes, e as posições foram restabelecidas. Doohan aparecia na liderança, com a vantagem para Drugovich variando entre 1s e 1s2. Lawson vinha em terceiro, com Fittipaldi em quarto. Sargeant, Beckmann, Dennis Hauger, Verschoor, Armstrong e Frederik Vesti fechavam o top-10.

A partir da volta 19, Verschoor começou a imprimir um ritmo forte, primeiro deixando Hauger para trás e ensaiando a ultrapassagem para cima de Beckmann. A diferença de performance se devia pela estratégia do holandês, que esticou ao máximo o stint com os médios e passou a ser muito mais rápido que os adversários nos giros finais. Sargeant e Fittipaldi foram os seguintes a serem ultrapassados, e a luta de Verschoor passou a ser descontar os 8s de diferença para Lawson, que era o terceiro colocado.

A cinco voltas do fim, Doohan já abria 2s de vantagem para Drugovich, que tinha 5s para Lawson. Com Pourchaire fora, o brasileiro sabia que o segundo lugar também era um ótimo negócio e passou a controlar a boa posição.

Fórmula 2 2022, rodada da Bélgica, Spa-Francorchamps, resultado final: