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eP de Seul: Tudo que você precisa saber sobre a grande final da Fórmula E 2021/2022

A Fórmula E vai disputar sua grande final no próximo final de semana, na primeira viagem da categoria à Coreia do Sul. Confira uma breve recapitulação da temporada e como os postulantes ao título chegam na última etapa dos carros Gen2

12 ago 2022 - 04h00
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Fórmula E se aproxima de sua última largada em 2022
Fórmula E se aproxima de sua última largada em 2022
Foto: Fórmula E / Grande Prêmio

VANDOORNE SUPERA TRAUMA DE LONDRES E COLOCA MÃO NA TAÇA DA FÓRMULA E

Após 14 corridas realizadas ao longo dos últimos oito meses, a Fórmula E enfim chega à etapa de encerramento da temporada 2021/2022 neste fim de semana. Desde que Nyck de Vries venceu a primeira etapa do ano, dia 28 de janeiro, em Diriyah — e criou a ilusão de que brigaria pelo bicampeonato —, muita coisa aconteceu na categoria e a batalha pelo título ficou dividida principalmente entre quatro pilotos. Isso até o desembarque das equipes em Nova York.

Foi no Brooklyn que o fim do campeonato começou a se desenrolar, em um final de semana caótico que teve a vitória de Nick Cassidy confirmada no sábado após uma confusão generalizada que envolveu diversas batidas por aquaplanagem. Naquele momento, existiam quatro postulantes à taça: Stoffel Vandoorne (Mercedes), Mitch Evans (Jaguar), Edoardo Mortara (Venturi) e Jean-Èric Vergne (DS Techeetah).

Destes, apenas Vergne já levantou a taça da categoria — duas vezes, em 2017/2018 e 2018/2019. Todos os outros ainda buscam seus primeiros títulos, com o agravante de que Vandoorne foi um dos favoritos em determinado momento do ano passado e viu suas chances escorrerem pelo ralo em Londres-2021, em uma disputa vencida pela própria Mercedes — mas pelo lado de Nyck de Vries.

Vandoorne está muito próximo de comemorar seu primeiro título mundial (Foto: Fórmula E)

Em 2022, a história parece muito próxima de um final diferente. Vandoorne construiu uma vantagem extremamente confortável de 36 pontos para o segundo colocado — Mitch Evans —, com apenas duas corridas pela frente — o encerramento da temporada, em Seul. Assim, parece muito próximo de uma conquista que já poderia ter vindo no ano passado, mas que mostra definitivamente este ano a competência de um piloto totalmente confortável na Fórmula E.

Curiosamente, o único número de Vandoorne que não indica a temporada estupenda do belga é o número de vitórias: apenas uma no ano inteiro, conquistada no eP de Mônaco. A grande marca do líder do campeonato é, sem dúvidas, sua regularidade. Stoffel deixou de pontuar em apenas uma corrida [México] e ficou com menos de dez pontos em outras duas [Diriyah 2 e Marrakech].

Em todas as outras, somou pelo menos uma dezena de pontos. Das 14 corridas do ano, Vandoorne subiu ao pódio nada menos do que sete vezes, metade do total e número superior a todos os outros pilotos do grid. Foram ainda duas poles — que na Fórmula E concedem três pontos cada — e uma volta mais rápida na Arábia Saudita, que também lhe rendeu um ponto extra.

Apesar de ter vencido menos do que os principais concorrentes — Evans e Mortara são os recordistas da temporada, com três vitórias cada um —, Vandoorne sempre esteve brigando entre os ponteiros e demonstrou aprendizado com o acidente que encerrou seu sonho no ano passado: ficou longe de acidentes o ano inteiro, o que o possibilitou pontuar em 13 das 14 corridas.

Mitch Evans já venceu três, mas pecou na regularidade e viu conquista ficar difícil (Foto: Jaguar/LAT Images)

— 10 corridas marcantes da Fórmula E em 2022

Jean-Èric Vergne chegou a viver situação parecida, já que era o único piloto do grid inteiro a ter pontuado em todas as dez primeiras corridas do campeonato. A questão, no entanto, é que a fase parou por aí. 'JEV' não conseguiu repetir suas atuações nas duas últimas etapas, Nova York e Londres, e já soma quatro corridas seguidas sem pontuar. Se afastou de vez da briga pelo título, em um ano no qual poderia sonhar se tivesse contabilizado vitórias que estiveram muito próximas — principalmente em Roma 2 e Jacarta.

Curiosamente, aquele que tem o menor caminho a percorrer rumo à liderança foi justamente o último a entrar na briga pelo título. Mitch Evans até começou sua caminhada com um décimo lugar em Diriyah, que lhe rendeu um ponto, mas a virada veio mesmo em Roma.

O neozelandês chegou à capital italiana apenas com o ponto somado na estreia, mas conseguiu 50 tentos vencendo as duas corridas e ainda emendou um segundo lugar em Mônaco, sequência que o colocou de vez na mira dos postulantes à taça. Entretanto, Evans passou pela mesma situação de Mortara: foram os que mais venceram, mas também os que mais saíram zerados entre os ponteiros.

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Mortara foi outro a vencer três corridas e chegou a liderar o campeonato, mas perdeu fôlego no fim (Foto: FIA Fórmula E)

Desconsiderando Vergne, já afastado 57 pontos do título e fora da briga, Mortara deixou de pontuar em quatro corridas: Roma 2, Mônaco, Londres 1 e Londres 2. Além disso, fez apenas cinco pontos na rodada dupla inteira de Nova York. Mesmo com as duas primeiras poles da carreira — conquistadas em Berlim —, não foi páreo para a regularidade de Vandoorne.

Por fim, o vice-líder: Evans também somou quatro corridas zerado, em Diriyah 2, México, Nova York 1 e Londres 2. Como mencionado anteriormente, ainda somou apenas um ponto em Diriyah 1 e Berlim 2. Desta forma, em um cenário muito parecido ao de Mortara — apenas cinco pontos separam os dois pilotos —, se viu no posto de maior vencedor da temporada, mas longe de alcançar o piloto mais regular do grid.

Vandoorne chega à última etapa do ano com uma mão e meia na taça da Fórmula E. Muito além da vantagem construída antes do fim de semana derradeiro, o que traz confiança no título do belga é sua capacidade de pontuar em todas as corridas e conseguir algo que seus concorrentes simplesmente não alcançaram em 2022 como um todo: equilíbrio.

A grande final da Fórmula E em Seul terá uma corrida no sábado (13) e outra no domingo, as duas a partir das 4h (horário de Brasília). O evento vai ter a já tradicional cobertura completa no GRANDE PRÊMIO, além da transmissão ao vivo na TV Cultura e no SporTV 3.

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