Ericsson ironiza críticas de tempos da F1 após vencer Indy 500: "Nada mal para um pagante"
Marcus Ericsson relembrou as dificuldades que passou nos cinco anos de Fórmula 1 após vencer as 500 Milhas de Indianápolis, e disse que período o fez ganhar resistência mental
Marcus Ericsson entrou para a história do automobilismo americano ao vencer as 500 Milhas de Indianápolis de 2022. O sueco aproveitou erros dos rivais e o ótimo carro da Ganassi para conquistar sua primeira vitória no Brickyard, e mal podia acreditar no feito realizado. O auge na carreira aos 31 anos veio depois de anos de aprendizado tanto na Fórmula 1 quanto na Indy.
Ericsson recebeu muitas críticas durante os cinco anos na F1. Foram poucos momentos de brilho, ainda que o ex-piloto de Caterham e Sauber nunca tenha tido um carro verdadeiramente competitivo na categoria. Marcus relembrou o período difícil na carreira, e aproveitou para cutucar aqueles que questionavam seu talento.
"Fiquei cinco anos na Fórmula 1, corri em quase cem GPs, andando atrás na maior parte do tempo. Você não recebe muito crédito correndo atrás na Fórmula 1. As pessoas pensam que você não é muito bom. Vim para cá e as pessoas provavelmente não pensaram muito nisso. Eu tive que trilhar meu caminho aqui também, aprendendo sobre as corridas dos Estados Unidos", contou Ericsson à revista Motorsport Magazine.
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"Me mudei para cá, dediquei toda a minha vida a tentar me tornar um campeão da Indy e principalmente das 500 Milhas de Indianápolis. Tem sido difícil, não foi nada fácil. Mas tenho trabalhado muito duro. É bom mostrar que o trabalho duro compensa. Ganhar a Indy 500 não é nada mal para um piloto pagante", afirmou o sueco.
Marcus conquistou sua primeira vitória na Indy em 2021 no GP de Detroit, já no terceiro ano na categoria. Aos poucos, foi se acostumando também com as provas nos ovais até conquistar o primeiro pódio no Texas no início deste ano. A mudança de categoria fez bem para o ex-piloto da Fórmula 1, que recuperou a confiança perdida.
"Na Fórmula 1, foi muito difícil não poder mostrar o que eu podia fazer. É difícil não deixar isso te afetar quando você recebe muitas críticas por suas performances. A confiança é algo importante. Demorou alguns anos para eu recuperar a confiança que eu tinha antes da F1. Senti que perdi um pouco disso, especialmente nos últimos dois anos na Fórmula 1. Foi difícil recuperar isso", revelou Ericsson.
"Sinto que no ano passado eu recuperei isso e voltei a ser eu mesmo de certa forma. Acho que este ano estou ainda melhor do que no ano passado. Meus anos na Fórmula 1 me ensinaram a ter resistência mental e a trabalhar duro. Eu tento ser o cara que mais trabalha. Não quero que ninguém se esforce mais do que eu", concluiu o vencedor das 500 Milhas de Indianápolis.
Com o resultado, Ericsson assumiu a liderança da Indy com 226 pontos conquistados, 13 a mais do que o mexicano Pato O'Ward. A Indy retorna já no próximo domingo (5) com o GP de Detroit, no circuito de rua de Belle Isle Park, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.
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