Herta brilha de novo em Indianápolis e perde. É pecado que Andretti atrapalhe tanto
Colton Herta é muito bom, e deu outra prova disso em Indianápolis. O 10º lugar no campeonato é muito por culpa da Andretti, e chegou a hora de pensar se vale a pena ficar em 2024
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Em maio, Colton Herta protagonizou uma das grandes performances do automobilismo em 2022. No misto de Indianápolis, ele largou de 14º, mostrou bastante perícia na pista molhada, viu a estratégia acertada da Andretti na hora dos pit-stops e saiu do Brickyard com uma vitória incrível. E boa parte disso tinha potencial de se repetir neste sábado, dois meses depois e no mesmo palco.
Herta largou da nona posição, e com os mesmos pneus que os rivais da frente, conquistou terreno de forme impressionante, assumindo a liderança em apenas 8 voltas. A partir daquele momento, nada parecia impedir mais uma grande vitória de Colton no misto de Indianápolis, exceto aquele fator que o tem atrapalhado tanto no ano: a Andretti.
Quando a corrida entrava na segunda metade, o motor de Herta apagou. Ele agonizou até a entrada dos pits, onde parou definitivamente e viu uma vitória praticamente certeira ir embora. O triunfo seguiu nas mãos do Andretti e sem muitas ameaças, mas com Alexander Rossi. Para Colton, restou assistir ao triunfo do companheiro e amargar um 10º lugar no campeonato que definitivamente não condiz com sua temporada e seu nível de talento.
Colton Herta teve problemas (Foto: IndyCar)
A falha de motor é apenas mais um capítulo de azar de Herta neste ano. Como esquecer da Indy 500 onde toda a Andretti foi mal e abandonou com um problema no acelerador? Em Mid-Ohio, brigaria pela vitória contra McLaughlin e Palou se a equipe não tivesse optado por um pit-stop em bandeira verde, ao contrário de todos que pararam em bandeira amarela. Era top-10 em Iowa até um pit-stop errado, no qual o motor apagou e foi apenas 24º. A quebra em Indianápolis é apenas a cereja do bolo de uma temporada que poderia ser muito melhor.
É óbvio que Colton deve muito a Andretti por tudo em sua trajetória na Indy, mas talvez seja o momento também de repensar a rota para o futuro. O contrato com o time expira em 2023. Se a Fórmula 1 não for uma possibilidade real, mesmo com o vínculo da McLaren, um namoro com a Ganassi é bem possível de ser cogitado aqui. Álex Palou seguramente não vai ficar em 2023 após o imbróglio contratual, e Chip deve procurar por um tampão no carro #10 visando justamente a situação de Herta.
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Entre outros assuntos, Alexander Rossi finalmente quebrou a sequência de 49 corridas sem vencer. Se muitas vezes o azar contribuiu para o jejum do #27 ser tão grande, hoje a sorte sorriu com a quebra de Herta. Uma vitória merecida para um piloto que já tinha melhorado de desempenho assim que acertou o futuro com a McLaren, e o triunfo pode ajudar a retomar a confiança de vez para chegar forte na briga em 2023, quem sabe relembrando o Alexander que rendeu tantos elogios em 2018 e 2019.
No campeonato, a regularidade premiou Will Power com a liderança do campeonato novamente. O sétimo pódio da temporada colocou o australiano à frente de Marcus Ericsson, mas em uma distância nada confortável para as quatro etapas restantes. Josef Newgarden, Scott Dixon e Pato O'Ward também aparecem sonhando. Um pouco mais atrás, vem Álex Palou, mas o cenário está bastante aberto.
A maratona da Indy não para, e a próxima corrida é uma das mais cruciais deste campeonato. Se Nashville repetir as doses de insanidade de 2021, qualquer candidato pode sair muito beneficiado ou muito prejudicado pelos muros da Cidade da Música.
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