Mario Andretti rejeita ideia de 'Drive to Survive' da Indy: "Você não quer ser imitação"
Mario Andretti crê que Indy precisa promover melhor os eventos, e discorda que documentário no estilo 'Drive to Survive' seja a melhor solução para angariar audiência para categoria
A série documental 'Drive to Survive', da Netflix, é um sucesso de audiência nos Estados Unidos e gerou uma base de fãs gigantesca de americanos na Fórmula 1, ao ponto que o país receberá três provas do Mundial em 2023. Na Indy, negociações ainda acontecem para produções audiovisuais. Porém, a lenda Mario Andretti crê que a categoria precisa tomar um caminho diferente para promoção.
Em entrevista ao site americano Autoweek, o campeão mundial de F1 em 1978 e tetracampeão da Indy afirmou que a categoria americana não pode realizar uma imitação de 'Drive to Survive'. Recentemente, o produtor Jeff Jenkins, um dos responsáveis pela série 'Keeping Up with the Kardashians', fechou com o campeonato para uma produção audiovisual.
"Eu não sei se votaria a favor disso. Funcionou e ganhou muito interesse ao acordar uma base de fãs adormecida nos Estados Unidos, mas do nada, você cairia em uma categoria de cópias. Cópias estão por todo lado, mas pode ter um aspecto negativo nisso. Você não quer ser chamado de imitação", comentou Andretti.
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Mario também teceu críticas ao formato de promoção das corridas da Indy, que apesar de registrarem crescimento de audiência na televisão americana, sofrem com público nas pistas, o que foi visível na etapa do Texas, em março, com a arquibancada praticamente vazia. Andretti relembrou a promoção positiva do GP de Nashville, em 2021.
"É tudo sobre promoção. O evento tem de ser falado com antecedência, e precisam dar razões para não ser apenas uma corrida, mas um evento. Olhe o que fizeram em Nashville, por exemplo. Tiveram comerciais de TV que fiz apenas para chamar atenção do evento. 'Ok, estamos no Texas nesta semana e promovendo um evento fenomenal', mas até o dia anterior no hotel onde estava hospedado, ninguém sabia que teria uma corrida da Indy. É tudo sobre promoção, e todos têm de contribuir para isso", seguiu.
"Precisamos ter mais motivos para falar da categoria, porque existe produto, existe talento, existem equipes. Temos de 26 a 28 pilotos largando nas corridas? A categoria é sólida e o resto do mundo precisa saber. Dinheiro faz dinheiro. Você tem de gastar dinheiro para fazer mais dinheiro. Se continuar recuando, tudo que você faz é entrar ainda mais em um buraco. Você tem de investir para obter resultados", concluiu.
A Indy retorna neste fim de semana, mais especificamente no domingo (1), com o GP do Alabama, no circuito de Barber.
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