Retrospectiva 2022: Herta vive ano dividido com Fórmula 1 e decepciona na Indy
Colton Herta entrou em 2022 como um dos favoritos ao título da Indy. O carro da Andretti não ajudou, mas o desempenho do jovem americano foi abaixo em meio aos rumores de ida para a Fórmula 1
Viver dividido entre duas realidades é uma situação difícil para qualquer ser humano, ainda mais para um piloto. Colton Herta indiscutivelmente é um dos pilotos mais talentosos da Indy, mas viveu em 2022 um ano abaixo das expectativas. Quando todos esperavam que o jovem de 22 anos fosse brigar pelo título, ele teve uma temporada difícil com a Andretti em meio aos rumores de uma possível ida para a Fórmula 1.
Tudo começou ainda no final de 2021: Herta estava pronto para ser anunciado como piloto da Andretti na F1, quando o negócio com a Alfa Romeo ruiu. O americano seguiu deixando bem claro que ainda gostaria de ter uma oportunidade na principal categoria do automobilismo mundial.
Em março, o jovem americano teve o seu sonho rejuvenescido ao ser anunciado como piloto de testes e desenvolvimento da McLaren. Imediatamente, seu nome foi cogitado para participar de um treino livre na Fórmula 1, uma situação que não agradou nada Pato O'Ward, piloto da equipe britânica que também compartilha o mesmo desejo de Colton.
Nas pistas, Herta começava bem a temporada, com um quarto lugar em St. Pete. Mas aí veio o primeiro deslize do ano: depois de fazer a pole em Long Beach, o piloto do carro #26 acertou o muro sozinho quando disputava posições no pódio, um incidente que lembrou muito sua batida em Nashville em 2021.
Um fim de semana dentro do meio da Fórmula 1 em Miami aparentemente ajudou Colton, que venceu de forma brilhante o GP de Indianápolis 1 sob forte chuva. Uma atuação memorável, que será lembrada mesmo dentro de uma temporada que acabou não tendo muito brilho.
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E aí veio um mês de maio para esquecer. É fato que a Andretti esteve muito abaixo dos rivais, mas Herta também tem sua parte de culpa pelo desempenho nas 500 Milhas de Indianápolis ao bater no Carb Day. A equipe também pode ser responsabilizada pelo abandono no GP de Indianápolis 2, quando o americano liderava a prova.
O fato é que, desde a Indy 500, Colton brilhou muito mais no noticiário da Fórmula 1 do que dentro das pistas na Indy. Em julho, testou pela primeira vez um carro da categoria em Portimão e logo em seguida obteve o que seria seu último grande resultado na Indy em 2022, com uma pole e um segundo lugar em Toronto.
A aposentadoria de Sebastian Vettel colocou o mercado de pilotos da F1 em espiral. Fernando Alonso largou a Alpine para substituir o tetracampeão na Aston Martin e a equipe francesa foi rejeitada por sua própria cria, Oscar Piastri, que fechou com a McLaren. A busca por um substituto colocou Pierre Gasly como alvo principal.
E foi aí que o nome de Herta entrou na história. Conhecida por desenvolver jovens pilotos, a AlphaTauri não negou o desejo pelo americano para substituir Gasly. Mas, assim como em 2021, Colton foi mais uma vez barrado de seu sonho, desta vez por não ter os pontos necessários para obter a superlicença.
Na Indy, o fim de temporada não foi nada bom: apenas três top-10 nas últimas nove corridas. Herta terminou o ano apenas na décima posição, pior resultado com a Andretti, e atrás de seu companheiro de equipe, Alexander Rossi. Se quiser manter vivas as esperanças de chegar à Fórmula 1, Colton tem que gerar mais momentos como o GP de Indianápolis 1 e menos como Long Beach e a Indy 500 de 2022.
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