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2024 ou 2025? A dúvida dos técnicos no desenvolvimento na F1

Com o fim do campeonato e um grid cada vez mais próximo, a velha pergunta reaparece na F1: desenvolver o carro este ano ou focar na frente?

9 set 2024 - 08h00
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O trabalho de desenvolvimento nunca para na F1. Mas agora: ainda insistir no carro deste ano ou pensar em 2025?
O trabalho de desenvolvimento nunca para na F1. Mas agora: ainda insistir no carro deste ano ou pensar em 2025?
Foto: Mercedes AMG F1

Ainda temos oito etapas para terminar a temporada 2024 da F1 e as equipes se deparam com mais uma preocupação. Não é algo novo, todo santo aparece, mas que não tem uma resposta única: investir no desenvolvimento no carro do próximo ano ou ainda gastar algum tempo no carro atual?

Vários fatores acabam pesando nesta escolha. No contexto atual, o fato do regulamento técnico ter sido mantido para 2025, o trabalho dos times acaba por ser um pouco facilitado. Embora não sejam poucas as vozes que advogavam uma interferência da FIA para aproximar o grid, a convergência veio e hoje vemos diferenças de grid nunca antes pensadas.

Mesmo assim, o trabalho de desenvolvimento de um carro começa tão logo o de um outro termina. O Diretor Técnico estabelece as diretrizes em conjunto com os líderes de áreas como aerodinâmica, dinâmica, suspensões, eletrônica etc. e assim começa o trabalho. O fato é que o trabalho deve estar concluído a tempo de começar a pré-temporada, já que um carro leva entre 30/40 dias para ficar totalmente pronto.

Parece longe o tempo em que os times tinham cheques em branco e tuneis de vento a disposição em regime 24/7 para desenvolver seus carros quase que indefinidamente. Hoje, com teto orçamentário e limitações de uso de túnel de vento, os projetos têm que ser muito bem pensados...

Os desafios são grandes: por mais que se tenha um grande exército de técnicos altamente capacitados, construir um F1 não é uma ciência exata. O trabalho, por mais que se use altos níveis de conhecimento, depende de fatores muito próprios: por exemplo: se o túnel de vento tiver um problema de calibração, joga tudo fora. Bem como uma alta correlação de dados obtidos na fábrica e na pista. Se este ponto for falho, decreta o fracasso de um carro (alô, Mercedes!).

Desde o início do ano, as equipes já planejam seus pontos para pistas de alta e baixa velocidade e quais serão os pacotes de desenvolvimento. Quando os carros começam a ir para a pista, os dados são comprovados e cada um começa a ver o que o outro faz e o que pode ser aproveitado para o seu pacote.

O grande problema hoje principalmente para os times ponteiros é ver o que se fazer. Neste momento, os times começam a entrar na fase final do desenvolvimento do carro de 2025. Ainda há espaço para possíveis desenvolvimentos. Mas, para se ter ideia, qualquer novidade que chegue para Baku começou a ser pensada em maio/junho.

Por mais que se haja aceleração nos processos de fabricação e a F1 já usa impressão 3D, o trabalho de uma nova asa ou assoalho só poderia ficar pronto para as últimas provas do ano. Fora isso, há espaço para pequenas alterações em aletas ou ligeiramente formas.

E não basta deslocar gente. Ainda há espaço para se gastar em fabricação? Um exemplo de que as coisas estão em limite foi a Red Bull simplesmente cortar as asas que usou em Monza para tentar ganhar mais velocidade. E usar tempo de túnel de vento? Usar para o carro deste ano significa menos para o projeto de 2025...

Como gosto de dizer, corridas não são ganhas somente na pista. As decisões de fora são determinantes para o fracasso...

Parabólica
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