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5 GPs onde a Ferrari não usou a cor vermelha na F1

A Ferrari é conhecida por usar a cor vermelha. Porém, em algumas oportunidades, os italianos não seguiram a tradição. Saiba mais.

7 set 2022 - 12h46
(atualizado às 13h05)
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A F1-75 com pintura especial para o GP da Itália.
A F1-75 com pintura especial para o GP da Itália.
Foto: Scuderia Ferrari / Divulgação

A Ferrari é conhecida tradicionalmente como a “Squadra Rossa” (equipe vermelha em italiano) e orgulhosamente carrega a cor em seus carros. Tal escolha vem ainda da primeira metade do Século XX, quando a equipe de cada país carregava suas cores em seus carros. No caso da Itália, o vermelho era atribuído. Tanto que marcas como Alfa Romeo e Maserati também a utilizavam.

Ao longo dos anos, até a tonalidade variou, apliques em outras cores apareceram (especialmente branco). Porém, a Ferrari se manteve orgulhosamente vermelha, embora considere o amarelo também como cor oficial por conta da cidade de Modena, onde foi fundada. Para o próximo GP da Itália, em homenagem aos 75 anos da fundação da Ferrari, a equipe decidiu colocar no F1-75 algumas partes e os pilotos usarão macacão na cor amarela.

Mas em 5 oportunidades, a Ferrari não usou a sua cor tradicional. Vamos lembrar:

GP da Bélgica 1956, 1958 e 1961

Olivier Gendebien no GP da Belgica de 1961 com o 156 amarelo
Olivier Gendebien no GP da Belgica de 1961 com o 156 amarelo
Foto: Scuderia Ferrari / Divulgação

Nestes 3 GPs, a Ferrari teve carro que não usou o vermelho e em todos alinhou 4 carros oficialmente. Inicialmente, em 1956, Paul Frére disputou seu último GP na F1 e chegou em 2º lugar (seu único pódio na categoria). Nas outras duas oportunidades, Olivier Gendebien. O belga disputou 14 GPs, sendo 8 pela equipe italiana. Em todos eles, a equipe usou nos carros dos pilotos locais a configuração de cores destinadas à Bélgica: amarelo com números em preto.

Olivier Gendebien com a Ferrari D246 no GP da Bélgica de 1958.
Olivier Gendebien com a Ferrari D246 no GP da Bélgica de 1958.
Foto: F1 / Divulgação

Na edição de 1958, Gendebien correu com o modelo Dino D246 e chegou em 6º lugar (somente os 5 primeiros pontuavam). Já em 1961, usou o modelo 156 e chegou em 4º lugar, fazendo uma linha completa da Ferrari na prova, vencida por Phil Hill, que se sagraria campeão naquele ano.

GP dos EUA e México de 1964.

John Surtees no GP dos Estados Unidos de 1964 com as cores da NART
John Surtees no GP dos Estados Unidos de 1964 com as cores da NART
Foto: Scuderia Ferrari / Divulgação

Este é o famoso caso da briga entre Enzo Ferrari e o Automóvel Clube Italiana. Por conta de problemas para a homologação do 250LM como GT e sem ter o apoio do órgão esportivo nacional, Enzo Ferrari prometeu nunca mais usar as cores italianas em competição.

Neste momento, faltavam duas etapas para terminar o campeonato da F1 de 1964: EUA e México. A Ferrari estava brigando diretamente com a BRM e a Lotus pelo campeonato de construtores e John Surtees ainda tinha chances de vencer o título, mesmo em 3º lugar.

Diante da situação e pelo fato destas 2 etapas significarem boas rendas pelos prêmios de largada, a Ferrari partiu para uma solução alternativa: sob inspiração de Luigi Chinetti, importador da marca para os Estados Unidos e que também alinhava os carros para algumas provas, como Le Mans, se usou a marca do North American Racing Team e as cores azul e branco.

Esta solução deu sorte e a Ferrari venceu o campeonato de Construtores e John Surtees venceu seu único título na F1 (e sendo o único a ser campeão em motos e F1). Posteriormente, Enzo Ferrari se acertou com a entidade e voltou a usar vermelho. O nosso amigo Felipe Meira contou muito bem esta história aqui.

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