5 GPs onde a Ferrari não usou a cor vermelha na F1
A Ferrari é conhecida por usar a cor vermelha. Porém, em algumas oportunidades, os italianos não seguiram a tradição. Saiba mais.
A Ferrari é conhecida tradicionalmente como a “Squadra Rossa” (equipe vermelha em italiano) e orgulhosamente carrega a cor em seus carros. Tal escolha vem ainda da primeira metade do Século XX, quando a equipe de cada país carregava suas cores em seus carros. No caso da Itália, o vermelho era atribuído. Tanto que marcas como Alfa Romeo e Maserati também a utilizavam.
Ao longo dos anos, até a tonalidade variou, apliques em outras cores apareceram (especialmente branco). Porém, a Ferrari se manteve orgulhosamente vermelha, embora considere o amarelo também como cor oficial por conta da cidade de Modena, onde foi fundada. Para o próximo GP da Itália, em homenagem aos 75 anos da fundação da Ferrari, a equipe decidiu colocar no F1-75 algumas partes e os pilotos usarão macacão na cor amarela.
Mas em 5 oportunidades, a Ferrari não usou a sua cor tradicional. Vamos lembrar:
GP da Bélgica 1956, 1958 e 1961
Nestes 3 GPs, a Ferrari teve carro que não usou o vermelho e em todos alinhou 4 carros oficialmente. Inicialmente, em 1956, Paul Frére disputou seu último GP na F1 e chegou em 2º lugar (seu único pódio na categoria). Nas outras duas oportunidades, Olivier Gendebien. O belga disputou 14 GPs, sendo 8 pela equipe italiana. Em todos eles, a equipe usou nos carros dos pilotos locais a configuração de cores destinadas à Bélgica: amarelo com números em preto.
Na edição de 1958, Gendebien correu com o modelo Dino D246 e chegou em 6º lugar (somente os 5 primeiros pontuavam). Já em 1961, usou o modelo 156 e chegou em 4º lugar, fazendo uma linha completa da Ferrari na prova, vencida por Phil Hill, que se sagraria campeão naquele ano.
GP dos EUA e México de 1964.
Este é o famoso caso da briga entre Enzo Ferrari e o Automóvel Clube Italiana. Por conta de problemas para a homologação do 250LM como GT e sem ter o apoio do órgão esportivo nacional, Enzo Ferrari prometeu nunca mais usar as cores italianas em competição.
Neste momento, faltavam duas etapas para terminar o campeonato da F1 de 1964: EUA e México. A Ferrari estava brigando diretamente com a BRM e a Lotus pelo campeonato de construtores e John Surtees ainda tinha chances de vencer o título, mesmo em 3º lugar.
Diante da situação e pelo fato destas 2 etapas significarem boas rendas pelos prêmios de largada, a Ferrari partiu para uma solução alternativa: sob inspiração de Luigi Chinetti, importador da marca para os Estados Unidos e que também alinhava os carros para algumas provas, como Le Mans, se usou a marca do North American Racing Team e as cores azul e branco.
Esta solução deu sorte e a Ferrari venceu o campeonato de Construtores e John Surtees venceu seu único título na F1 (e sendo o único a ser campeão em motos e F1). Posteriormente, Enzo Ferrari se acertou com a entidade e voltou a usar vermelho. O nosso amigo Felipe Meira contou muito bem esta história aqui.