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A Direção de Prova errou mais uma vez na F1?

Menos de um ano depois, a Direção de Prova mais uma vez se enrola com o Carro de Segurança e deixa o público furioso.

11 set 2022 - 13h39
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Mais uma vez, um carro parado no fim da prova deixa a Direção de Prova confusa...
Mais uma vez, um carro parado no fim da prova deixa a Direção de Prova confusa...
Foto: F1 / Twitter

Menos de um ano depois, as decisões da Direção de Prova na F1 voltam a ser discutidas. Após Abu Dhabi 2021, uma série de situações foram discutidas, especialmente em relação a terminar ou não a corrida com o Carro de Segurança e a aplicação da bandeira vermelha.

Após muita reunião, a F1 alterou regras e veio com a figura da dupla de Diretores de Prova, além da sala remota de Direção de Prova, com uma espécie de “consultor”, papel desempenhado por Herbie Blash, ex-membro da Brabham e da FIA. 

Ao longo desta temporada, vimos algumas aplicações do Carro de Segurança um tanto quanto questionáveis. Falo aqui tanto do físico como do virtual. E voltou a situação da aplicação da bandeira vermelha, até mesmo em treinos. Notou-se que a abordagem mudou, com o maior uso do Carro de Segurança e a demora para certas interrupções.

No GP da Itália, a situação acaba se repetindo. Na volta 47, Daniel Ricciardo estacionou sua McLaren na parte interna da pista entre as duas Lesmo. Embora o carro estivesse encostado no muro, a Direção de Prova julgou inicialmente colocar o Carro de Segurança Virtual para que a equipe de fiscais pudesse fazer a retirada do carro.

Porém, como não havia nenhuma agulha no local para tirar, tal como foi voltas antes o caso de Vettel, um trator entrou na pista para retirar a McLaren. Aí, foi lançado o Carro de Segurança na pista faltando 5 voltas para que a prova terminasse.

Pode-se questionar o uso do Carro neste momento. Após a decisão do campeonato de 2021, esta situação se tornou extremamente espinhosa. Embora alterações tenham sido feitas nas regras, a decisão do uso da bandeira vermelha é do Diretor de Prova. Citando o Regulamento Esportivo, o Carro de Segurança Virtual “é normalmente usado quando bandeiras amarelas duplas são acionadas e são necessárias em qualquer seção da pista e competidores ou fiscais possam estar em perigo, mas as circunstâncias não garantam o uso do próprio Carro de Segurança” (Art. 56.1, letra a).

Já o Art. 55.3, letra a) que rege a necessidade da entrada do Carro, diz que ele será usado quando “competidores ou fiscais estejam em um perigo físico imediato na ou perto da pista, mas as circunstâncias não são suficientes para suspender uma sessão ou a corrida”. Ou seja, é uma questão totalmente interpretativa do Diretor de Prova.

Temos que voltar até mais atrás: Japão 2014, com o acidente de Jules Bianchi. Se logo houvesse em ação, teríamos a bandeira vermelha e situações poderiam ser evitadas. Mas como a interrupção é prerrogativa do Diretor de Prova, a ação tomada hoje é legal (embora possa ser questionada, como agora).

Dois pontos a serem observados: a demora dos fiscais em entrar em ação para fazer a retirada do carro e o posicionamento do Carro de Segurança quando entrou na pista. Este ponto foi mais crítico. O carro demorou a entrar e quando entrou, ficou muito tempo à frente de George Russell. Praticamente uma volta inteira. Isso também ajudou a piorar o processo.

Não ficou claro se a demora de retirada do carro de Ricciardo foi pela impossibilidade de mexer por conta de estar eletrificado ou foi algum erro por parte dos fiscais. Aparentemente, a segunda opção é a mais indicada, pois revendo, os fiscais tentaram empurrar o carro para uma agulha onde justamente estava o guindaste. 

A partir daí, a regra foi cumprida à risca, inclusive realinhamento dos carros disponível. Porém, já não havia mais tempo para ter corrida e o Carro de Segurança entrou na última volta, deixando somente o espaço para a bandeirada. A decisão de Michael Masi ano passado foi equivocada e agora o público mais uma vez ficou chateado (para ser ameno).

Foi um espetáculo ruim para o Centenário de Monza, que aliás foi muito mal explorado pela F1, mesmo com a questão do luto pelo falecimento da Rainha Elizabeth II. Em Baku ano passado, tivemos a bandeira vermelha e resultou em uma mini Sprint, deixando o público contente. Aparentemente, o fantasma de Abu Dhabi segue a assombrar a FIA e a F1 e a ânsia de acertar faz o erro aparecer novamente. 

Não se pode ter compromisso com o erro. Esta é uma situação em que nem se precisam mudar as regras, mas sim deixar procedimentos mais claros. Ben Sulayem, o Presidente da FIA, convocou uma reunião nesta segunda em Monza para “discutir questões esportivas”. Se este assunto não estava em pauta, agora tem que constar urgentemente. A F1 precisa se livrar deste fantasma se quiser evoluir e não adiantará mudar nomes se os modos de agir seguem os mesmos.

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