Script = https://s1.trrsf.com/update-1729514441/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

A Ferrari vai conseguir manter o desenvolvimento do F1-75?

Após Ímola, dúvidas surgiram quanto ao desenvolvimento da Ferrari. Dado o histórico do time, os italianos conseguirão manter o nível?

4 mai 2022 - 12h00
Compartilhar
Exibir comentários
Ferrari em Ímola: o F1-75 vai conseguir se manter na frente?
Ferrari em Ímola: o F1-75 vai conseguir se manter na frente?
Foto: Ferrari / Divulgação

Em entrevista dada ao Corriere Della Sera antes de Imola, o chefe de equipe da Ferrari, Mattia Binotto, indicou a Red Bull como seu principal ponto de atenção, especialmente o ritmo de desenvolvimento dos taurinos. E temos visto o impacto da equipe técnica com as melhorias trazidas para o RB18.

A Ferrari está confiante com o F1-75 e tem tido uma abordagem de otimizar o pacote atual ao invés de trazer novidades. Em tempos de teto orçamentário e limitação de uso de recursos, não deixa de ser uma estratégia interessante. Ainda mais quando se tem uma base muito promissora.

Algumas semanas atrás, nós falamos um pouco sobre os motivos que levaram a Ferrari a estar novamente em condições de lutar por vitórias na F1 (ver aqui). E justamente esta reorganização é que dá a confiança para que os italianos tenham condições para manter-se na briga.

Tanta é a disposição é que o F1-75 terá em Miami novas asas, fundo novo e que os dois pilotos terão à disposição a segunda unidade do Tipo 066/7 com toda a potência (Sainz teve esta nova unidade instalada em Imola) e teria a nova versão do sistema elétrico do motor, o que daria cerca de mais 15cv. E uma nova sequência de peças estão previstas para Barcelona, especialmente novidades na carroceria e assoalho.

Mas ferraristas são ressabiados. Logo vem à mente os anos de 2018 e 2019, quando o carro tinha potencial e a equipe se perdeu no desenvolvimento ao longo do ano. Se olhar mais para trás, tivemos o mesmo caso se repetindo. Numa conversa algum tempo atrás com algumas raposas felpudas, falando sobre a forma atual da Ferrari, confesso que soltei a seguinte frase: não subestime a capacidade da Ferrari se perder.

Alguns meios levantaram a possibilidade da estratégia de não acelerar o desenvolvimento do F1-75 vai do fato de que o carro já estaria perto do seu limite de desempenho pelas escolhas feitas na aerodinâmica e não haveria mais tanto espaço para melhorias, mesmo neste início da implantação deste novo regulamento. A necessidade de mostrar uma boa forma teria feito a Ferrari a forçar o ritmo desde o início.

Ainda não é possível afirmar isso categoricamente, até porque a decisão de não trazer nenhuma novidade para Ímola é totalmente justificada diante do pouco tempo de pista disponível e pelo desempenho do carro. Sem contar que os resultados obtidos nas etapas iniciais deram uma “segurança” para se manter na frente e não ter que trazer peças alucinadamente.

Em tese, a Ferrari se renovou de forma a conseguir não só fazer um bom carro, mas tentar manter o seu desempenho. Como dito antes, o histórico da equipe deixa dúvidas se o nível de desenvolvimento pode ser garantido ao longo do ano.

Mas os ferraristas e a própria equipe querem se lembrar da era de ouro Schumaquista, onde tudo rodava tranquilamente. Inclusive, Rory Byrne, um dos arquitetos desta época, teria sido peça importantíssima no desenvolvimento do F1-75 por conta da sua vivência com o efeito-solo (o trabalho começou com a Toleman na década de 70 na F2).

Aparentemente, a Ferrari está tranquila e Binotto diz que tem a situação sob controle. A ver como o time vai lidar com a pressão dos resultados e – especialmente – da torcida.

Parabólica
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade