Alpine anuncia Oliver Oakes como novo chefe de equipe na F1
Após muita especulação, Alpine anuncia Oliver Oakes como novo chefe de equipe. Uma difícil missão para o britânico...
Acompanhar as ações da Alpine fora das pistas nos ultimos tempos tem sido uma atividade, no mínimo, animada. Se fizermos uma linha do tempo, tivemos demissões de chefe de equipe, desmentido de pilotos, reabilitação de renegados...a lista é grande.
Relançada com esperança em 2021, o objetivo era estar lutando por vitórias e títulos. Porém, com a falta de estabilidade e direção, o caminho se tornou extremamente acidentado. 2024 tem sido um ano de choro e ranger de dentes. As mudanças desencadeadas exatamente a um ano atrás com a saída de Otmar Szafnauer da chefia e de outros componentes da área esportiva e técnica sacudiram as estruturas e impactaram diretamente no desenvolvimento do A4524.
Bruno Famin, o Vice-Presidente de Competições da Alpine, assumiu o comando de forma interina e ali estava até o último GP da Bélgica. Após muita especulação, foi anunciado o novo comandante: o britânico Oliver Oakes.
Oakes chega com a marca de ser o segundo chefe de equipe mais jovem da história da F1 (36 anos, só ficando atrás de Christian Horner, que assumiu a Red Bull com 29 anos) e com um currículo razoável no esporte a motor: foi campeão mundial de kart em 2005,comandou o Team Oakes de kart, onde teve pilotos como Marcus Armstrong, Clement Novalak e Callum Ilott, e ainda fundou a Hitech GP em 2015.
Nos ultimos tempos, é raro ver uma ascenção de um dirigente fazendo uma escalada pelas categorias menores (a Hitech compete atualmente nas F2 e FIA F3, bateu ponto na Regional Asiática, além de ter dado assistência técnica à W Series). Oakes chegou a trabalhar no projeto da Hitech de entrar na F1 na última chamada pela FIA, que aprovou a Andretti.
Oakes chega à Alpine com a incumbencia de remontar um time quase de terra arrasada. Embora conte com uma estrutura razoável, o moral é baixo e chega com a necessidade de terminar o projeto do A525 e pensar o futuro. E claro que surge a pergunta: terá Oliver Oakes a liberdade de fazer as correções de rumo necessárias ou será um pau mandado de Flávio Briatore?
Outra questão que surge ainda é: Oakes vem como o grande reestruturador ou o encarregado de preparar o time para venda? O acordo dado como certo de fornecimento de motores pela Mercedes deixa pistas que a segunda opção está na mesa, embora o CEO da Renault, Luca Di Meo, faça repetidas declarações de que a venda não está nos planos.
Boa sorte a Oliver Oakes na empreitada. Vai precisar. E muita.
