Alpine se firma em 4º, e cautela com McLaren é desnecessária em briga de 2 contra 1
Alpine e McLaren até são parecidas em performance, mas o fato do time de Woking ter apenas um piloto nesta briga torna a vida dos franceses muito mais fácil na disputa pelo quarto lugar da F1
Em uma Fórmula 1 onde o novo regulamento só ajudou a escancarar as disparidades entre as equipes, nem a briga pelo quarto lugar do Mundial de Construtores escapou. Alpine e McLaren se destacam claramente como os melhores times incapazes de brigar por pódio toda corrida. Poderia ser um duelo interessante da reta final de um campeonato marcado pelo domínio da Red Bull, mas a briga de dois contra um deixa a situação dos franceses muito mais confortável.
Isso porque, independente do equilíbrio visto em termos de performance pelas duas equipes, Lando Norris está em uma batalha solitária contra Esteban Ocon e Fernando Alonso. O jovem britânico somou 82% dos pontos da McLaren em uma temporada que já chegou ao terço final. Com Daniel Ricciardo já sabendo que deixa o time ao fim de 2022, é meio difícil pensar em qualquer tipo de recuperação.
Lando ainda é o melhor piloto da Fórmula 1 fora do trio de ferro, mas é muito pouco para a McLaren tentar acompanhar o ritmo da Alpine, que assim que se livrou dos problemas de confiabilidade vistos no começo do ano, viu Esteban Ocon e Fernando Alonso entrarem em uma sequência bastante regular ao longo da temporada.
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Alonso, inclusive, é um dos grandes pilotos da Fórmula 1 em 2022. Apesar do início azarado no começo da temporada, passou a se destacar muito com as classificações e aproveitou diversas oportunidades que caíram no colo. Foi assim que pintou o quinto lugar em Silverstone e em Spa, por exemplo, na sequência mágica de dez corridas dentro dos pontos.
Esteban Ocon, por sua vez, também tem se mostrado um dos grandes pilotos de 2022, e muito pela capacidade de recuperação. A presença de Ocon no Q3 não é tão frequente quanto a de Alonso, mas ele ainda dá seus pulos para se meter nos pontos em todas as oportunidades. Basta lembrar como largou de último em Miami para chegar em oitavo, e também a tremenda recuperação de 16º para 7º na Bélgica.
Norris, Ocon e Alonso são três dos grandes pilotos de 2022 aqui, muito diferente do que acontece com Daniel Ricciardo. Foram 4 de 16 corridas entre os pontos na temporada, classificações ruins e GPs piores ainda. Um piloto claramente desmotivado e sem o nível que apresentou em outrora, e que diferente de pilotos que vimos em situação de risco na F1 [como Sergio Pérez, em 2020], nenhum indicativo de que pode ajudar a McLaren nessa batalha.
Por mais que a Alpine tenha tropeçado na Itália, é difícil ver algum cenário nas próximas seis corridas onde o time francês passará zerado por um fim de semana. Mesmo que passe, é mais difícil ainda pensar na McLaren crescendo nesta oportunidade com apenas um piloto, ainda mais em um campeonato marcado por um teto de gastos e poucas atualizações, que vão manter a ordem de forças muito parecida daqui até o fim do ano.
Para ambas, o foco pode virar para 2023. A McLaren precisa resolver os problemas que surgiram no começo do ano e ter a confiança de que a aposta em Oscar Piastri realmente foi boa. Já a Alpine ainda precisa encontrar um novo parceiro para Esteban Ocon, já que Alonso está de saída para a Aston Martin, e a escolha precisa ser certeira, tendo em vista o exemplo da grande rival de 2022.
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