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Alpine/Mercedes: uma possibilidade cada vez mais forte na F1

Após ser tratado como uma das opções em mesa, é dado como certo o acordo Alpine/Mercedes. Mas o que levaria os franceses a isso?

23 jul 2024 - 17h14
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Ocon e Gasly na Austria: A Alpine agora vai para a turma da estrela?
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Foto: Alpine F1

Este espaço tempos atrás havia abordado a possibilidade da Alpine vir a usar motores Mercedes a partir de 2026. Com a volta de Flavio Briatore à ribalta, várias opções estavam na mesa. Segundo a Motorsport nesta terça-feira, o acordo estaria em vias de conclusão e até podendo ser antecipado para 2025.

Seria uma tremenda mudança de rumos para os franceses. Tão orgulhosos de suas obras, seria uma verdadeira "jogada de toalha" este tipo de ação. Ainda mais para uma marca que tem a tradição de vanguarda em competição. O trabalho feito nesta atual unidade de força acabou pagando seu preço. Caso se confirme, seria o descarte de um trabalho já iniciado e que queimou algumas centenas de milhões de dólares.

Em um cenário deste, uma mudança imediata para 2025 implicaria em um tremendo trabalho para a equipe técnica da Alpine, que já está às voltas com o projeto do próximo ano. Embora a arquitetura seja muito semelhante, há uma série de fatores que implicariam em muito esforço: adaptação de sistemas eletrônicos, refrigeração, elétricos, distribuição de peso...sem contar na aerodinamica.

Sem contar que uma mudança de motor implicaria em uma autorização dos outros fornecedores, conforme prevêem as regras atuais. Se a Mercedes começa a fornecer peças no proximo ano, teria simplesmente quase metade do grid: Alpine, Aston Martin, McLaren, Williams e a propria equipe de fábrica. Em 2026, não haveria tanto problema com o acordo Aston Martin/Honda...

Mas aqui entramos a questão de otimização de custos, coisas que os planilheiros corporativos tanto adoram. A adoção imediata da solução Mercedes implicaria na economia imediata com o fim do projeto de motor 2026 e até liberaria parte da equipe localizada em Enstone (Inglaterra) e Viry-Chatillon (França, onde são concebidos). A parte chata desta decisão é perda da possibilidade de fazer um "pacote sob medida", o que traz ganhos na hora de projetos (Ok, Mercedes e Ferrari tem isso e só se lascam). Mas tornaria o processo um pouco menos complexo.

Em termos empresariais, a Renault vem respirando bem nos ultimos tempos, embora esteja brigando com as margens de lucro e os altos investimentos em uma nova linha de produtos. Tanto que nos ultimos tempos anunciou a venda de 5% da empresa de motores a combustão formada com a Geely para a...Aramco, petroleira saudita, que tem despejado muitos dólares na F1 e na Aston Martin...

A Renault também embolsou cerca de US$ 250 milhões coma venda de cerca de 24% das ações da equipe da F1 ano passado. Sem contar que parte das ações da área de motores, sediada em Viry-Chatillon, já haviam sido redirecionadas para a Mecachrome (empresa que tem parceria há tempos com a Renault). Por exemplo: o desenvolvimento do motor do WEC foi feito por eles.

Uma mudança para Mercedes agradaria um monte de gente: os planilheiros de plantão; os acionistas do time, que cobram melhores resultados; e ainda o CEO Luca Di Meo, que tinha a reestruturação da Alpine como braço esportivo da Renault como uma das molas mestras do seu Renaulution (programa feito em 2021 para tirar a marca francesa do atoleiro da COVID-19).

Em termos corporativos, a Alpine tem aumentado continuamente suas vendas e a equipe hoje não depende tanto da injeção de capital da Sede. Mas existe o aspecto do significado da ação: a Renault vem gastando muito dinheiro com o desenvolvimento de uma nova gama de produtos, incluindo eletrificação pesada. Qualquer ganho é para isto...

Em entrevista à Autocar britânica, Di Meo falou que a venda do time estava fora de cogitação. Mas que tal ter uma boa exposição gastando menos? Assim, ele segue a linha de seu antecessor Carlos Ghosn, que achava a F1 uma perda de tempo e só aceitou voltar em 2015 por conta do pessoal do Marketing...

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