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Andretti revela que negócio com Alfa Romeo "estava feito e mudaram os termos": "Piada"

Michael Andretti, que gerencia os negócios da equipe americana, detalhou a negociação frustrada com a Sauber em 2021 e afirmou que episódio prejudicou o atual processo de tentativa de entrada na F1

1 mar 2022 - 13h04
(atualizado às 14h13)
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Andretti indicou candidatura à F1 em 2024, mas equipes demonstram resistência
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Foto: Indycar / Grande Prêmio

ESTRUTURA, DINHEIRO E TRADIÇÃO: ANDRETTI É 11ª EQUIPE PERFEITA PARA FÓRMULA 1?

Não é segredo pra ninguém que a Andretti está tentando ingressar na Fórmula 1. O pedido formal à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) para que o grupo americano se torne a 11ª equipe do grid da categoria é mais um capítulo de uma novela que teve início em meados de 2021, quando Michael Andretti tentou adquirir a Sauber, o que colocaria fim à permanência da Alfa Romeo no elenco de times.

Em novembro do ano passado, Andretti explicou que o dinheiro não foi o fator que determinou o fracasso na aquisição da estrutura da empresa de Hinwil, mas, sim, o fato de não poder assumir o controle da equipe, em situação que surgiu de última hora e encerrou qualquer possibilidade de um acordo. O impasse no fim do processo de compra "matou o negócio", nas palavras do CEO e presidente da equipe que leva seu sobrenome.

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Andretti na F1? FIA pisou no freio (Foto: Indycar)

Questionado novamente sobre o assunto, Michael deu mais detalhes da negociação e criticou duramente a postura da Sauber na negociação. "Foi uma piada. Nós estávamos lá, o acordo estava feito. Havíamos marcado um dia para assinarmos e, literalmente dois dias antes, eles mudaram os termos", revelou em declaração ao portal Motorsport-total.

"Basicamente, eles (Sauber) queriam manter o controle criativo. Eu neguei. Eles queriam direito de veto em tudo, de repente. Foi horrível. Nós desperdiçamos muito tempo. Se não tivéssemos passado por isso, estaríamos muito à frente em todo o resto", detalhou.

Mario Andretti, pai de Michael, revelou recentemente que, além de cumprir todos os requisitos determinado pela FIA, a equipe americana já tem um acordo formal para utilizar os motores da Renault na Fórmula 1. A bola agora está no campo do órgão regulador, que recebeu - de maneira informal - o prazo de um mês para dar uma resposta definitiva.

Alguns chefes de equipe não se mostraram totalmente abertos à ideia da Andretti estar na F1. Toto Wolff e Christian Horner, por exemplo, demonstraram resistência à intenção americana e mostraram preocupação quanto à diluição do volume financeiro destinado a cada equipe da categoria em caso de entrada do novo time.

Michael Andretti tenta ter equipe na Fórmula 1 (Foto: Indycar)

"Realmente fiquei surpreso [com a resistência]. Pensei que seria uma decisão óbvia de colocarmos a mão na massa e irmos em frente. Mas, claramente, nada é desse jeito na Fórmula 1. Espero que as pessoas entendam que não estamos diluindo nada. Isso é o que Toto (Wolff) diz, que estamos diluindo. E nós não estamos", argumentou Michael.

"Em primeiro lugar, estamos arrecadando US$ 200 milhões e, em segundo lugar, achamos que só aqui nos Estados Unidos, com uma equipe americana e um piloto americano, vamos arrecadar mais de US$ 100 milhões", acrescentou.

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