Arábia Saudita cita alto investimento e diz que "adoraria receber duas corridas" de F1
A Arábia Saudita está construindo um grande complexo em Qiddiya, próximo à capital Riad, e quer transferir a F1 para lá em 2026, mas o ministro do esporte, Abdulaziz Bin Turki Al-Faisal, não descartou a possibilidade de também manter uma corrida em Jedá
A Arábia Saudita está de olho em se expandir na Fórmula 1, tanto que a expectativa é transferir o GP que acontece desde 2021 para um complexo ainda maior perto da capital Riad, em Qiddiya, a partir de 2026. Mas o governo não descartou a chance de manter um evento em Jedá, sediando, assim, duas corridas da categoria.
O ministro do esporte, príncipe Abdulaziz Bin Turki Al-Faisal, falou sobre a construção de Qiddiya, e a proposta é que seja um lugar capaz de receber megaeventos não apenas esportivos. Abdulaziz explicou que a Arábia Saudita tem investido bastante também em cultura e entretenimento em geral. E ainda lembrou que, no caso da Fórmula 1, outros países também receberam mais de um evento numa mesma temporada.
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"Não vou dizer que não", disse o ministro ao ser questionado sobre a possibilidade de duas corridas no país do Oriente Médio. "Nós realmente estamos olhando para os benefícios de trazer esses eventos para o país, e é por isso que estamos investindo tanto", salientou.
"Talvez você esteja mais focado no esporte, mas estamos fazendo o mesmo na área da cultura, do entretenimento e até exibições, e há muitas coisas que estamos analisando. Sem dúvida, já poderíamos hospedar duas corridas. Mas acho que é algo que precisa ser discutido com a F1 e ver como será. Mas, definitivamente, adoraríamos que isso acontecesse", continuou Abdulaziz
"Isso aconteceu na Alemanha, com Nürburgring e Hockenheim, portanto pode ser uma opção. Será um lugar icônico para uma corrida de Fórmula 1, com um parque temático próximo ao circuito", completou o ministro, citando também que, independentemente dos planos de duas corridas irem à frente, a mudança para Qiddiya será positiva para todas as partes envolvidas.
"Acreditamos que será uma boa transição [de Jedá para Qiddiya], pois é um ambiente totalmente diferente. Então não teremos duas corridas na mesma região: Jedá é à beira-mar; mas o outro é mais no deserto, é uma vibe diferente", avaliou.
Além da Fórmula 1, a MotoGP também assinou em setembro deste ano um memorando de intenções para levar o Mundial de Motovelocidade ao país no futuro. O comunicado da Dorna relatou também que a ideia é levar o programa Road to MotoGP para desenvolver talentos da região.
"Qiddiya é um projeto enorme", destacou o príncipe. "Espero que terminem a tempo, assim poderia ficar pronto mais ou menos dentro das metas. Se isso acontecer, a ideia é mudar para lá. Mas a MotoGP estará lá, definitivamente, pois não podemos receber a categoria em Jedá", concluiu.
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