Aston Martin assume culpa e visa acordo após violar regulamento financeiro da F1
Mike Krack revelou que teve conversas com a FIA durante o fim de semana em Austin, mas ressaltou que, punição à parte por violar o regulamento administrativamente, o mais importante é que a equipe de Silverstone trabalhou dentro do teto orçamentário de 2021
Enquanto a Red Bull ainda se diz "chocada" com as acusações de trapaça pela quebra do teto orçamentário da Fórmula 1 em 2021 e aguarda desfecho do caso, a Aston Martin está perto de entrar em acordo com a FIA (Federação Internacional de Automobilismo), o que significaria assumir a culpa pela infração ao regulamento e estar disposta a receber a punição devida. O chefe da equipe de Silverstone, Mike Krack, afirmou que a definição deve vir ainda esta semana.
O caso da Aston Martin é um pouco diferente: enquanto a rival austríaca excedeu os US$ 145 milhões (R$ 782 milhões, na cotação atual) na temporada passada, entende-se que os ingleses cometeram um descumprimento processual relacionado a uma série de protocolos administrativos de contabilidade, resultado de variações na interpretação regulatória. Outra informação divulgada pela FIA é que a Williams teve uma quebra de procedimento prévia, mas entrou em acordo com a Administração do Teto de Gastos em maio de 2022.
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De acordo com a revista inglesa Autosport, a Aston Martin está perto de aceitar um Acordo de Violação pela infração — ou seja, admitir o erro e aceitar formalmente qualquer penalização que possa ser aplicada pela entidade nesse caso.
Durante o fim de semana em Austin, Krack confirmou à publicação inglesa que o time "está em discussão com a FIA". "Acredito que é algo que vamos tentar concluir nas próximas semanas. Tivemos algumas conversas com eles no final de semana, mas estou bastante confiante de que vamos resolver isso em breve", acrescentou.
"É um pacote complexo de regras", reconheceu o dirigente, dizendo, no entanto, que ser punido não o deixa frustrado. "Isso nos mostra o que é preciso fazer para melhorar o trabalho no futuro, para não termos esses problemas. Mas ao final do dia, acredito que o mais importante é que estávamos dentro do teto. O resto é processual", completou.
Acredita-se que o grande problema envolvendo a Aston Martin esteja associado a uma questão tributária específica do Reino Unido e que foi interpretada de maneira diferente tanto pela equipe quanto pela FIA. Krack, porém, não quis comentar o assunto.
"Preferiria que tivéssemos um acordo assinado antes de entrarmos nele. Haverá também um comunicado à imprensa, acho que da FIA, sobre o que será acordado conosco. Teremos mais detalhes nos próximos dias, continuou o chefe da Aston Martin.
Ao ser questionado sobre a Red Bull, Krack reiterou que "são duas coisas completamente diferentes" e que espera ver a situação da Aston Martin resolvida "o quanto antes".
"E é uma situação diferente também, não estamos gastando além. Mas Isso depende da FIA. Temos pessoas viajando agora, mas acho que fizemos avanços neste fim de semana. Não estamos longe [da definição], mas não posso dizer se será amanhã, quarta ou qualquer coisa", finalizou.
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