Aston Martin crê que novo regulamento pode tornar DRS obsoleto na Fórmula 1
Diretor-técnico da Aston Martin, Andrew Green acredita que ideia em torno de novo regulamento técnico da F1 vai fazer com que a asa móvel seja retirada da categoria
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Introduzido na Fórmula 1 em 2011 para aumentar as possibilidades de ultrapassagem na pista, a asa móvel (ou DRS) pode estar com os dias contados na categoria. Pelo menos é o que acredita o diretor-técnico da Aston Martin, Andrew Green. Na opinião do dirigente, o novo regulamento técnico da F1 — caso funcione — vai tornar o advento obsoleto, já que os carros vão conseguir se aproximar uns dos outros com maior facilidade.
"Acho que o DRS em si será igualmente poderoso", disse. "Mas acho que faz parte do trabalho da FIA olhar os traçados das pistas e perceber onde precisam modificar as zonas de DRS. Acho que vão fazer. Se as coisas acontecerem como acham que vai acontecer, com carros se seguindo mais de perto, então não vão precisar de tanta assistência do DRS", explicou.
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Asa móvel em formato de M foi algo que chamou atenção no modelo apresentado pela Red Bull (Foto: Red Bull Content Pool)
Uma das intenções do novo regulamento técnico é de justamente diminuir a necessidade de usar o DRS nas corridas. Quando entrou na F1, a asa móvel era vista como uma forma de possibilitar aos pilotos uma aproximação mais rápida e eficaz ao carro da frente — por outro lado, a asa também gerou ultrapassagens fáceis e vistas como impossíveis de serem defendidas.
"Acho que vamos ver as zonas de DRS reduzidas ao longo do tempo, e algumas delas podem até ser removidas", opinou. "Acho que seria uma boa coisa", completou Green.
Como cada equipe só tem noção de seu próprio desenvolvimento e não consegue ter acesso ao trabalho dos concorrentes, a expectativa dos fãs é enfim conseguir ver o desempenho dos carros nos testes de pré-temporada, em Barcelona e Bahrein. No entanto, Green espera certa discrepância entre os competidores, pelo menos nos estágios iniciais da disputa.
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"Para começar a temporada, pode acontecer de vermos uma grande diferença no grid enquanto as equipes se encontram com as novas regras, até entender a direção que os outros times tomaram", afirmou. "Vão ter times que encontraram uma ótima performance na direção que tomaram, enquanto outros não vão conseguir chegar lá logo no início", ponderou.
Por fim, as diversas alterações aerodinâmicas dos carros da F1 devem fazer com que os monopostos percam alguns segundos em relação ao ano passado. A tendência, porém, é que de que as equipes consigam encontrar novas soluções rapidamente e ultrapassem a velocidade que conseguiam alcançar até 2021.
"Precisaremos de algumas corridas para começar a ver como as coisas vão acontecer", explicou. "E então, acho que todos vão se aproximar relativamente rápido em comparação aos últimos anos", encerrou.
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