Aston Martin e Honda: o anúncio do casamento parece próximo
Notícias que vem da Europa dão conta que o anuncio Aston/Honda é iminente. Casamento faz todo sentido. Mas e Mercedes e Alonso?
Quando uma mesma notícia começa a vir de vários lugares diferentes, é que tem coisa vindo. Apareceu primeiro na italiana Gazzetta dello Sport e alguns veículos europeus começaram a divulgar: o anúncio da ligação Honda/Aston Martin na F1 a partir de 2026 deverá ser feito muito brevemente.
Esta possibilidade vinha sendo considerada não de hoje (falamos disso aqui). Os japoneses, dentro da posição de “vai/não vai” da F1, após a negativa da Red Bull (que seria a primeira opção), exploraram o mercado. A Williams foi sondada e houve uma conversa séria com a McLaren, mesmo depois do período turbulento entre 2015 e 2017. Mas a escolhida parece ser a Aston Martin.
É um casamento que faz sentido: a Honda é uma fabricante que quer uma base estável para trabalhar. A Aston Martin vem fazendo um investimento enorme em pessoal e principalmente em uma fábrica nova em folha, com o que existe de mais moderno.
Os resultados deste ano mostram que os planos de Lawrence Stroll podem dar certo. Com fortes patrocinadores, uma grande estrutura e um parceiro forte fornecendo motores, a equação pode dar certo.
O que se diz é que o anúncio pode ser feito pela Honda ainda esta semana, aproveitando o final de semana do GP de Monaco, o mais glamouroso do calendário da F1. E para a Aston Martin também faria todo o sentido por conta do posicionamento da marca, voltada para o segmento premium.
Caso o casamento seja concretizado, algumas perguntas ficam no ar: como ficam Mercedes e Fernando Alonso?
Sobre a primeira, a Mercedes tem acordo para fornecer motores e trem traseiro para o time até 2025. Desde o ano passado, os alemães declaram publicamente que buscam uma reavaliação da sua carteira de clientes.
E cabe lembrar que a Mercedes é acionista da Aston fabricante de carros. Hoje, a participação alemã fica em menos de 2%, porém os carros ingleses recebem motores e algumas outras soluções mecânicas. Isso não deve mudar em um curto prazo, embora a chinesa Geely tenha ampliado sua participação na empresa.
Sobre Fernando Alonso: o espanhol tem contrato com a equipe e não se espera que esteja pilotando ainda em 2026. As duas partes já declararam que, mesmo após toda a discussão acontecida no passado, são coisas que ficaram no passado. Porém, não pode se considerar que este acordo só venha a acontecer em um momento pós-Alonso...
A ver se as notícias se confirmam. Em tese, é um casamento que faz sentido e pode ser a confirmação de uma nova equipe de ponta da F1. Este é o objetivo de Lawrence Stroll desde o início. Embora a Aston Martin montadora venha ainda tendo problemas, a equipe de F1 faz sonhar com dias melhores.