Aston Martin "entende frustração" de Vettel, mas "não focou na Alfa Romeo" em Abu Dhabi
Mike Krack admitiu que, após analisar o GP de Abu Dhabi, parar Sebastian Vettel duas vezes poderia ter sido melhor, mas deixou claro que nenhuma decisão estratégica foi tomada em função da briga direta contra a Alfa Romeo no campeonato
Foi no desempate, mas a Aston Martin teve de se contentar com a sétima colocação no Mundial de Construtores, atrás da Alfa Romeo. Em Abu Dhabi, a equipe de Silverstone conseguiu pontuar com os dois carros — Lance Stroll em oitavo e Sebastian Vettel em décimo —, e é por essa razão que Mike Krack evitou falar em "frustração" pelo desfecho da temporada 2022 da Fórmula 1.
O chefe da Aston Martin explicou aos jornalistas ainda em Yas Marina que procurou não focar na rival de Hinwil, principalmente nas decisões estratégicas de pit-stop. "Acho que não devemos ficar frustrados por hoje", avaliou Krack. "Foi um ótimo final de temporada, no geral, então acho que frustração não seria apropriado", salientou.
"Para mim, eles [Alfa Romeo] focaram completamente em nós. Algumas manobras foram um pouco no limite, mas prevíamos que isso poderia acontecer", completou Krack.
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Na pista, a principal controvérsia veio da tática escolhida para Vettel, que largou em nono, conseguiu subir algumas posições no início da corrida, mas perdeu bastante rendimento quando a primeira janela de paradas começou. A Aston Martin segurou o tetracampeão o máximo com pneus médios, mas Seb se tornou presa fácil frente aos adversários com compostos mais novos.
Krack foi questionado se a estratégia de Vettel foi determinada pela corrida da rival direta, mas negou. "Não, não queríamos olhar para a Alfa neste caso. Vimos após a corrida que alguns pilotos fizeram uma parada, outros duas. [Daniel] Ricciardo também fez uma parada, então acho que, no fim, buscamos maximizar as chances."
"E não olhamos para a Alfa Romeo. E eu entendo Sebastian ter ficado um pouco frustrado, porque ele viu o companheiro de equipe andando, e ele estava em uma estratégia diferente", acrescentou. A opção de parar Vettel apenas uma vez, aliás, foi muito mais em função do próprio desempenho do alemão na primeira perna da corrida, segundo o dirigente.
"Se ele tivesse tido um pouco mais de dificuldades, provavelmente o pararíamos três ou quatro voltas antes. De qualquer forma, foi difícil fazer alguma coisa comparando com os ponteiros. Portanto, são decisões que devem ser tomadas num curto espaço de tempo. Olhando novamente, acho que teria sido melhor parar mais cedo e fazer dois [pit-stops]", admitiu.
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