Audi põe fim na espera e anuncia entrada na Fórmula 1 a partir da temporada 2026
Anúncio veio na manhã desta sexta-feira (26), na abertura do fim de semana do GP da Bélgica. Marca alemã chega em 2026
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A mais nova peça do quebra-cabeças da Fórmula 1 a partir da temporada 2026 caiu. A Audi anunciou, na manhã desta sexta-feira (26), que vai entrar na categoria junto à chegada dos novos motores, dentro de quatro temporadas. A confirmação veio na abertura do fim de semana de retorno das férias da F1, na tradicional pista de Spa-Francorchamps, na Bélgica.
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A Audi esteve presente nas discussões sobre as diretrizes técnicas da próxima geração de motor durante mais de um ano até que a confirmação veio na semana passada. Assim como a Audi, a Porsche, que também pertence ao Grupo Volkswagen, também tende a confirmar a entrada em breve.
"Esporte a motor é uma parte integral do DNA da Audi. A Fórmula 1 é um palco mundial para nossa marca e um laboratório de desenvolvimento bastante desafiador", afirmou o presidente da montadora, Markus Duesmann.
Audi mostra modelo de carro no anúncio da chegada à F1 (Foto: Audi)
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"A combinação de alta performance e competição sempre foi algo que trouxe inovação e transferência de tecnologia em nossa indústria. Com as novas regras, esse é o momento certo para que nos envolvamos. F1 e Audi claramente buscam metas de sustentabilidade", finalizou.
"Estou animado em receber a Audi à Fórmula 1", disse o diretor-executivo da categoria, Stefano Domenicali. "É uma marca icônica, pioneira e inovadora na tecnologia. Esse é um momento muito grande para nosso esporte, algo que marca a enorme força que temos enquanto plataforma mundial para continuar o crescimento", seguiu.
"É também um reconhecimento que nossa decisão de utilizar combustíveis sustentáveis em motores híbridos em 2026 será uma solução futura no setor automotivo. Estamos todos ansiosos para ver a Audi no grid. Saberemos maiores detalhes dos planos deles no momento certo", finalizou.
O que se sabe sobre os planos da Audi é que a marca alemã está perto de adquirir 75% das ações da Sauber, que atualmente aparece no grid como Alfa Romeo. A informação foi dada inicialmente pelo veículo alemão Motorsport-Total, no começo desta semana. Essencialmente, os alemães se tornariam donos da equipe e teriam controle das operações, caso o negócio seja fechado nestas bases. É o que a Audi sempre quis, diferente da Porsche, que tem negócio de sociedade encaminhado com a Red Bull.
Segundo o veículo, os alemães passaram a contar com Gerhard Berger para negociar a compra da base em Hinwil, que atualmente corre com o nome da italiana Alfa Romeo. O ex-piloto, por sua vez, negou qualquer envolvimento no caso, dizendo ao Motorsport-Total.com que "não tinha contrato de consultoria na F1 com a Audi". "Não tenho nenhuma relação próxima com a Sauber e tenho muito pouco contato com eles. Não participei de nenhuma conversa entre Sauber e Audi", acrescentou.
O que Berger confirma, no entanto, é que "estabeleceu contato" entre a Audi, liderada pelo CEO Markus Duesmann, e a McLaren. A marca tinha interesse em adquirir ações do time de Woking, mas o acordo não foi feito. O passo seguinte foi procurar Williams e Aston Martin, porém as negociações também não foram à frente.
A Sauber acabou sendo o caminho natural, mas a equipe já havia rejeitado uma proposta de compra feita pela Andretti, disposta a pagar € 350 milhões (R$ 1,7 bi, na cotação atual) pela equipe suíça. Finn Rausing, proprietário da Sauber, insistiu na continuação do grupo suíço, manutenção dos empregos e ainda exigiu mais € 250 milhões (R$ 1,2 bi) como contribuição para garantir que a equipe estaria em boas mãos — condições que fizeram Michael Andretti desistir da oferta.
A diferença agora é que a Audi quer pagar mais por menos ações, ou seja, Rausing continuaria fazendo parte dos negócios, ainda que como sócio minoritário. E tudo com a promessa de continuar desenvolvendo a Sauber como equipe de fábrica, da mesma forma como foi a parceria com a BMW, entre 2006 e 2009. Outro ponto que a publicação alemã também chama a atenção é o fato de o CEO da Audi, Duesmann, ter sido o chefe de desenvolvimento da equipe Sauber no referido período da parceria com a BMW — outra marca alemã.
A parceria com a Audi, caso se confirme para a Sauber, tem planos de deixar a base em Hinwil responsável pela construção do chassi e trabalho nos túneis de vento, enquanto o novo motor será criado nas instalações da Audi em Neuburg, Alemanha. A Porsche, a título de comparação, desenvolveria grande parte das suas unidades de potência usando a estrutura da Red Bull em Milton Keynes, na Inglaterra.
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