Ayrton Senna, o rei dos circuitos de rua nos EUA
Piloto brasileiro sempre se deu muito bem nos Estados Unidos, conseguindo um domínio fantástico
Ayrton Senna sempre se deu bem em circuitos de rua. Prova disso são suas seis vitórias em Mônaco e seis poles no circuito de Adelaide, que sediava o GP da Austrália. E nas ruas dos EUA ele também se mostrou como um grande vencedor: todas as provas que completou, acabou vencendo.
A história começa em 1984, que foi a última vez até 2022 em que tivemos duas etapas no país. A primeira foi nas ruas de Detroit, onde Senna se qualificou em 7° lugar - uma grande posição para o carro da Toleman. O piloto caiu para 10° na largada, mas estava se recuperando e já ocupava a 8° posição na volta 21, quando bateu forte e abandonou.
A etapa seguinte também foi nos EUA, em Dallas, o GP mais quente da história em temperatura de pista, com 66°C. Senna largou em 6° lugar, mas as coisas ficaram ainda melhores na largada, quando ele aproveitou o espaço deixado por Patrick Tambay (Renault), que largaria em 4° mas acabou tendo que largar no fim do grid, e se usou disso para passar por Lauda e assumir a 4° posição.
Mas o brasileiro rodou logo na segunda volta, quando pressionava Derek Warwick (Renault), caindo para as últimas posições. Senna ficou por lá até a volta 47, quando abandonou com problemas na transmissão.
Em 1985, o brasileiro já estava na Lotus. A F1 voltou a Detroit para a 6° etapa do campeonato e Senna conquistou sua 4ª pole. Na corrida, teve uma estratégia desastrosa, parando cedo, e depois bateu tentando passar por Michele Alboreto (Ferrari).
Em 1986, Ayrton Senna conquistou a pole novamente, e logo no começo da prova teve que parar por causa de um pneu que estava esvaziando. Voltou para a prova e ainda conseguiu recuperar a liderança e vencer. Foi nesta corrida que o piloto ergueu a bandeira brasileira pela primeira vez. Já contamos a história completa aqui.
Em 1987, Senna não fez a pole, tendo se classificado em 2° lugar, atrás de Nigel Mansell (Williams). O britânico começou a abrir e a diferença chegou a 21s980 na volta 21, mas começou a cair por questão de desempenho dos pneus. Além disso, Mansell também começou a sentir cãibras e parou por esse motivo. Senna ficou na liderança Com desempenho de pneus ainda bom e com Mansell indo mal, ele resolveu não parar. A partir daí, não teve problemas para conquistar a sua segunda vitória em Detroit. Mansell terminou apenas em 5°, uma volta atrás de Senna.
Em 1988, Senna foi para a McLaren e logo de cara pegou o MP4/4, um dos carros mais dominantes da história. Naquela prova, conseguiu a pole, com seu companheiro de equipe Alain Prost apenas em 4° lugar. Na corrida, Senna dominou de ponta a ponta, não dando chance para o francês, que tinha assumido a segunda posição logo no começo. Senna chegou a abrir 1 minuto para Prost na volta 58, mas a diferença terminou em 38s713.
Em 1989, a F1 mudou de Detroit para Phoenix, mas o domínio de Senna parecia não ter fim. Senna fez a pole novamente, com 1s409 de diferença para o 2° colocado, Alain Prost. O brasileiro começou a abrir logo no começo e a diferença chegou em 8s003 na volta 17, mas começou a cair após seu carro apresentar problemas eletrônicos e ele ser obrigado a abandonar. A vitória ficou com Prost.
Em 1990, Phoenix foi a abertura da temporada. Senna não fez a pole - na verdade foi apenas 5°, em uma qualificação na chuva. O pole foi seu novo companheiro de equipe, Gerhard Berger, seguido por Pierluigi Martini (Minardi), Andrea De Cesaris (Scuderia Italia) e Jean Alesi (Tyrrell). Na corrida, Alesi, que era basicamente um novato, se mostrou ao mundo logo na largada, conseguindo a ponta, com Senna em 4° lugar. Senna passou por De Cesaris na volta 4 e Berger teve problemas, com isso partiu para cima de Alesi. Senna chegou na volta 24 - e foi um duelo intenso. Ele conseguiu passar apenas na volta 35, e partiu para a vitória sem problemas depois disso.
Em 1991, foi o último ano de Phoenix no calendário, Senna não teve problemas em marcar a pole e vencer novamente, com uma atuação dominante.
Foram 5 vitórias nas pistas de rua nos Estados Unidos, todas as provas que acabou concluindo, mostrando uma habilidade muito grande nas ruas americanas.