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BMW deixa F1 "longe do radar" em 2026 e foca desenvolvimento de hipercarros

Presente na F1 entre 2000 e 2010, a BMW não quer saber da categoria mesmo com a mudança no regulamento de fornecimento de motor para 2026. O foco da montadora é a classe LMDh, no IMSA, em 2023

25 set 2022 - 12h07
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Foto: Grande Prêmio

A BMW tratou de descartar qualquer possibilidade de voltar a fornecer motores para a Fórmula 1 a partir de 2026. A montadora alemã, com a chegada da Audi e da Porsche, evidentemente é um nome considerado para fazer parte da categoria.

Porém, o chefe da BMW M Motorsport, Andreas Roos, em entrevista ao Motorsport-Total.com, deixou claro que a F1 está longe do radar. "Estar ausente não é um problema para nós. Acho que precisamos ser realistas, é um investimento muito alto e, para ter retorno, é preciso que tenha sucesso por muito tempo."

Roos entrou para a montadora alemã após a saída de Mike Krack, que foi contratado pela equipe da Aston Martin na Fórmula 1. O foco da BMW é seguir desenvolvendo seus hipercarros, que terá o modelo BMW M Hybrid V8 estreando no IMSA, na classe LMDh, em 2023 antes de chegar ao Mundial de Endurance a partir de 2024 e brigar pela vitória nas 24 Horas de Le Mans.

Robert Kubica venceu e fez pole pela BMW em 2008
Robert Kubica venceu e fez pole pela BMW em 2008
Foto: Arquivo/F1 / Grande Prêmio

"Já estamos praticamente finalizando a transformação para eletrificação e a classe LMDh se encaixa perfeitamente agora, não apenas em 2026 quando a F1 seguir nessa direção. É com este ponto de vista que achamos esse ser o momento certo para desenvolvermos isso", explicou Roos.

O novo regulamento de motores para 2026 da Fórmula 1 aumenta a quantidade de energia elétrica e traz consigo o interesse de novos fabricantes. A Audi já anunciou que está dentro, enquanto a Porsche, parceira dentro do grupo Volkswagen, segue interessada, mas viu a colaboração planejada com a Red Bull ser descartada após o fracasso nas negociações. Especula-se que a Honda também considera um retorno daqui três anos.

Andreas Roos, CEO da BMW, descartou entrada na F1 em 2026
Andreas Roos, CEO da BMW, descartou entrada na F1 em 2026
Foto: BMW / Grande Prêmio

Frank van Meel, CEO da BMW M Motorsport, reconheceu o valor e o alcance de marketing da F1, mas aponta que a marca não pratica automobilismo só por conta disso. "Queremos desenvolver juntos, por isso, a LMDh tem maior importância para nós do que a Fórmula 1. Está muito longe de nossos produtos da série M e também em termos de tempo com o tema da eletrificação", completou o holandês.

A BMW esteve na Fórmula 1 entre 2000 e 2010, primeiro como fornecedor de motor para Williams até 2005, depois como equipe própria a partir de 2006 em parceria com a Sauber. Foram 89 GP's, com uma pole-position no Bahrein em 2008 e uma vitória em Montreal no mesmo ano, ambas com Robert Kubica, além de 17 pódios. Sua última corrida aparição na categoria foi em Abu Dhabi, em novembro de 2010.

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