Briga de pneus? A Bridgestone pensa em voltar para a F1
O processo de escolha de fornecedor de pneus para a F1 começou. Pirelli confirma e a Bridgestone considera participar, segundo a AMuS.
Tempos atrás, esta site escreveu sobre a proximidade da nova licitação da FIA e da F1 para a escolha de fornecedores de pneus para a categoria e suas séries de base (F2 e F3), já que o contrato se encerra em 2024.
No ultimo dia 20, a FIA oficializou o inicio do processo e no mesmo dia, a Pirelli, fornecedora única da categoria desde 2011, anunciou a intenção de participar. Este contrato abrangeria o período 2025-2027, com opção de extensão para 2028.
No último certame, após muita discussão, a Pirelli teve a concorrência dos coreanos da Hankook. Bridgestone e Michelin se recusaram a participar por conta dos pedidos da F1 de um desgaste mais excessivo. No fim, o acordo foi renovado até 2023 e foi estendido por mais um ano por conta da pandemia.
Nos documentos iniciais, a FIA deixa claro que a base dos pneus é a atual para o período em questão, mesmo com uma mudança do regulamento técnico previsto para 2026. A favor da Pirelli, consta a manutenção de boas parte das metas de desempenho atuais.
Atualmente, a F1 é uma bela vitrine para a Pirelli. A empresa paga entre US$ 30 a 40 milhões anuais para anunciar e fornece para as 3 categorias. A partir deste ano, também atenderá a F1 Academy. E mostrou uma grande resiliência, aguentando as pancadas justamente por atender aos pedidos da F1 para fazer um pneu que se desgaste mais rápido, o que é ruim para uma fabricante de pneus.
Anteriormente, este ponto afastou a Bridgestone. Segundo os alemães da Auto Motor Und Sport, a visão mudou entre os japoneses, que estiveram na F1 entre 1997 a 2010 (em exclusividade a partir de 2007). Antes, a questão deste pneu “espetacularizado” era uma das coisas que desagradavam. Mas a exposição da marca acaba por ser algo interessante e faz considerar uma volta.
Uma marca que apontava para participar do processo é a Hankook. Porém, os coreanos tiveram um grande incêndio em sua principal fábrica na Coréia do Sul no último dia 12. A ver como a empresa foi afetada, embora a decisão de entrar na F1 é mais estratégica.
Até o momento, a Michelin não se posicionou sobre uma possível participação, bem como a Good Year, que vem aos poucos reaparecendo no cenário internacional de competições e reconhece o valor que a F1 proporcionou no passado na imagem da empresa. Já os franceses se encontram em um processo de reposicionamento de marca e de seus programas. Anteriormente, deixou claro que não gostaria de ser fornecedora única.
Cabe lembrar que, mesmo com várias empresas participando, a FIA deverá escolher uma unica empresa. Embora muitos fãs gostariam de uma "guerra de fabricantes", as própias equipes não desejam tal ação pois implica em aumento de gastos e favorecimento de poucas.
O prazo para que os interessados participem do processo de escolha vai até 15 de maio e você poderá acompanhar os detalhes aqui.