Chefe da Honda torce por retorno à F1 após título de 2021: "Depende das mentes jovens"
Chefe de automobilismo da Honda, Masashi Yamamoto ainda tem esperanças de que a fabricante japonesa retorne à Fórmula 1 após título mundial de Max Verstappen em 2021
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A Honda já havia anunciado sua saída da Fórmula 1 com certa antecedência, e o último ano de presença completa da montadora japonesa na categoria — seguirá no apoio da Red Bull com seus motores de 2022, em papel de consultoria — não poderia ter terminado de forma melhor. Em parceria com a equipe austríaca, venceu o título do Mundial de Pilotos com Max Verstappen pela primeira vez desde 1991, com Ayrton Senna. Masashi Yamamoto, chefe de automobilismo da fabricante, não descarta um possível retorno à F1 no futuro.
"Pessoalmente, eu acredito e espero que a Honda volte à F1", revelou Yamamoto ao site oficial da Fórmula 1. "Depende das mentes jovens na Honda serem apaixonadas pelo automobilismo, e se conseguirão convencer os mais velhos na gerência a retornarem. Mas a história se repete, então espero que possa acontecer", disse.
Não é a primeira vez que Yamamoto fala em um retorno da Honda à Fórmula 1. Em dezembro de 2021 — ainda antes da conquista do título mundial por parte de Verstappen —, o japonês já havia abordado um possível retorno da empresa à categoria no futuro em entrevista exclusiva concedida ao GRANDE PRÊMIO.
Honda foi fundamental no título mundial de Max Verstappen, primeiro holandês campeão da F1 (Foto: Clive Rose/Getty Images/Red Bull Content Pool)
A Honda passou por uma evolução estrondosa desde que retornou à Fórmula 1 em parceria com a McLaren, em 2015 — com resultados catastróficos. Seis anos depois, conseguiu apresentar o conjunto mais confiável da categoria, que possibilitou a Max Verstappen desafiar — e vencer — o domínio estabelecido pela Mercedes de Lewis Hamilton nos últimos anos.
"Mesmo precisando lidar com questões logísticas complicadas, parcialmente devido à pandemia de Covid-19 nessa última temporada, lutamos com rivais muito fortes e vencemos no mundo da F1", ressaltou. "Isso se deve a todo o trabalho duro de todos os nossos engenheiros e mecânicos, não apenas os que estão na pista. Eles nunca desistem, mesmo nos momentos mais difíceis, e fizeram numerosos avanços tecnológicos ao longo do caminho", explicou.
"Pudemos provar a validade e a efetividade de nossa tecnologia e as habilidades de nossa força de trabalho", destacou. "É claro, não poderíamos ter alcançado esses resultados sem o grande papel desempenhada pela nossa parceria, a Red Bull, com a qual vencemos o título, e a AlphaTauri, que nos recebeu de mente aberta, nos permitindo avançar após três anos difíceis", agradeceu Yamamoto.
Ao lado da Red Bull, a Honda deu a volta por cima na F1 após um retorno desastroso na McLaren (Foto: Chris Graythen/Getty Images/Red Bull Content Pool)
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Por fim, o japonês fez uma menção à McLaren, primeira equipe a se juntar à Honda na Era Híbrida, em 2015. A parceria durou três anos difíceis, com resultados ruins e um equipamento que não apresentava nenhuma confiança, claramente atrasado em relação aos concorrentes do grid.
Fernando Alonso e Jenson Button formaram a dupla titular nos dois primeiros anos, antes do belga Stoffel Vandoorne assumir a vaga do britânico em 2017. A partir de 2018, a McLaren trocou seu fornecedor de motores para a Renault, em parceria que durou até 2020. Em 2021, a Mercedes passou a fabricar as unidades de potência da equipe de Woking.
"Não poderíamos esquecer a McLaren, com quem essa era começou em 2015 e todos os pilotos que trabalharam com nós, sempre se esforçando ao máximo para alcançar os melhores resultados possíveis", agradeceu. "Podemos dizer que esse projeto foi um sucesso, ao deixar o esporte ajudando Max Verstappen a vencer o Mundial de Pilotos", encerrou o chefe da Honda.
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