Chefe da McLaren critica presença de Mônaco no calendário: "F1 é maior do que o GP"
Chefe da McLaren, Zak Brown afirmou que o circuito de Monte Carlo tem de fazer melhorias para seguir integrando o calendário da Fórmula 1
A Fórmula 1 e o Liberty Media, enfim, realizaram seu desejo principal de ter três corridas em solo americano ao anunciarem na última quarta-feira (30) o GP de Las Vegas a partir da temporada 2023.
Na esteira desse anúncio, um palco tradicional da categoria tem de fazer melhorias para continuar integrando o calendário: o GP de Mônaco. Pelo menos é a opinião do chefe da McLaren, Zak Brown. Em entrevista à Reuters, o dirigente disse acreditar que a pista monegasca precisa ser atualizada para permanecer relevante na F1.
"Mônaco sempre representou a parte mais glamurosa da Fórmula 1, mas acho que precisa chegar aos mesmos termos comerciais de outros GPs, além de um upgrade nas maneiras de adaptação à pista porque, como nossos carros se tornam cada vez maiores, as corridas ficam mais difíceis de ultrapassar", disse.
Mclaren durante o GP de Monaco em 2021 (Foto: McLaren)
O GP de Mônaco não paga taxas de hospedagem à Fórmula 1 e, com novos circuitos adicionados ao calendário, mercados mais atrativos se mostram importantes. "Miami, Singapura e Las Vegas são excelentes exemplos. Prefiro ter Mônaco do que não, mas, assim como o esporte é maior do que qualquer piloto ou equipe, a F1 é maior do que o GP", considerou.
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Brown foi incisivo ao dizer que o aspecto histórico de uma corrida como em Monte Carlo não pode ser garantia de presença em um calendário cada vez maior a qualquer custo. "Você precisa levar em consideração, mas não só isso. Como o show é realizado e, ainda, qual a contribuição econômica para o esporte são fundamentais", avaliou.
Assim, as pistas de Las Vegas, Austin e Miami estão de acordo com a ideologia da Fórmula 1, na visão de Brown. "São mercados incríveis que atendem à crescente base de fãs dos Estados Unidos. É quase o cronograma perfeito do ponto de vista norte-americano", finalizou.
O circuito de Monte Carlo recebe provas da Fórmula 1 desde 1950 e só ficou ausente no calendário da categoria em 2020 por causa da pandemia do coronavírus. É a terceira prova mais disputada da F1, com 67 GPs, e tem em Ayrton Senna como seu maior vencedor (6) e mais vezes largou na pole-position (5) na história.
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