Chefes de equipe da F1 descartam mudança em sistema de punições por troca de motor
Toto Wolff e Andreas Seidl não enxergam solução rápida para punições de grid por troca de componentes do motor. Campeonato é marcado por penalizações na segunda metade da temporada
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As punições de grid viraram um importante assunto na temporada 2021 da Fórmula 1. Com a briga pelo título entre Lewis Hamilton e Max Verstappen apertando cada vez mais, ambos candidatos já tiveram de realizar trocas na unidade de potência, que renderam quedas no grid de largada. O mesmo vale para Valtteri Bottas, terceiro colocado no campeonato, que sofreu três punições nas últimas cinco provas.
Chefes de equipe da Fórmula 1 afirmam que não existem soluções rápidas para a situação. Toto Wolff, líder da Mercedes, gosta do sistema atual, e crê que tirar pontos dos construtores não seria uma alternativa. Wolff viu Hamilton tomar 10 posições de punição na Turquia, perdendo a pole-position, enquanto Bottas foi penalizado na Itália, Rússia e Estados Unidos.
"Eu acho que o sistema de punições pela unidade de potência é bem robusto. O que precisamos evitar é que nós estamos construindo unidades de potência de uma maneira que elas tenham o ápice de performance por algumas corridas. E se você mudar o regulamento, e vamos dizer que, não há punição de posição de grid ao piloto, mas apenas em pontos para os construtores, se você está em uma luta por título de pilotos, apenas coloca mais motores naquele carro", disse em entrevista ao site da revista inglesa Autosport.
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Valtteri Bottas ficou em sexto nos EUA após punição na classificação (Foto: Mercedes)
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"Penso que se conseguirmos uma boa solução, vale a pena analisar. É confuso para os novos fãs entender o porquê uma punição, longe da responsabilidade do piloto, o joga para o fim do grid, ou 10, 5 posições atrás. Não é bom, mas não temos soluções", seguiu.
Andreas Seidl, chefe da McLaren, afirma que o sistema não é o ideal, mas não vê nenhuma solução rápida para o problema. O time viu Daniel Ricciardo largar da última posição no GP da Turquia por conta de uma troca dos componentes da unidade de potência.
"Eu entendo o ponto que não é ideal ter estas punições, mas para ser sincero, não vejo uma solução rápida, porque se você decidir, por exemplo, ir para quatro motores em vez de três, terminaremos com cinco, porque apenas apertaríamos os motores", disse Seidl.
"No fim, só mostra que todas as montadoras estão lutando duro umas com as outras, que nós aceleramos a tecnologia que temos para estar no absoluto limite, ou além dele, e é aí que aparecem os problemas. Precisamos apenas aceitar isso no momento", seguiu.
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