Chuva não para e F1 não corre em Imola no fim de semana
Após os transtornos criados pelas fortes chuvas, F1 decide "não prosseguir com GP". Realização da prova este ano é pouco provável
O mundo da F1 acompanhou com atenção o desenrolar da situação das chuvas na região da Emília Romagna. As previsões davam conta de que uma enorme quantidade de chuva atingiria aquela área, como já havia acontecido algumas semanas atrás.
Porém, a situação foi mais extrema do que o imaginado. Nesta terça, o Rio Santerno, que passa atrás do Circuito Enzo e Dino Ferrari, atingiu o nível de alerta, o que levou à evacuação preventiva do paddock. Mas o pior era esperado para a madrugada desta quarta-feira, quando a estimativa era de que a quantidade de chuva passasse dos 100mm.
Após avaliações por parte dos organizadores, autoridades e equipes, o comunicado veio, dando conta do “não prosseguimento do GP” por conta das condições do entorno, bem como a protocolar declaração de que estava se pensando naqueles que morreram e tiveram perdas (Domenicali fez questão de lembrar que nasceu e cresceu naquela região da Itália).
Update on the Emilia-Romagna Grand Prix in Imolahttps://t.co/QvAiWB4cz0 pic.twitter.com/SVWXAdEmFW
— F1 Media (@F1Media) May 17, 2023
Em se tratando da F1, foi uma decisão até certo ponto inesperada. Depois do que vimos ano passado na Arabia Saudita, foi um arroubo de sensibilidade. Mas foi a decisão mais acertada diante do quadro. A previsão é que o tempo ficasse mais firme durante o final de semana, porém o entorno e as estruturas estariam sob grande pressão.
Agora, as equipes começam a se preparar para Monaco e fica a pergunta no ar: o GP será cancelado ou remarcado? Embora o regulamento preveja um mínimo de 21 provas, caso a corrida não for disputada, seria uma situação até certo ponto acomodada, com o organizador tendo um prejuízo e provavelmente negociando algum tipo de extensão de acordo como compensação (o contrato vai até 2025).
Em caso de remarcação, a F1 não tem muitas opções. A janela mais clara que se tem seria depois do GP da Bélgica, no final de julho. Entretanto, esta prova é a última antes das férias de verão das equipes. Mudar este tipo de decisão seria criar uma revolta entre o pessoal e teremos uma bela quedra de braço nos próximos tempos.
Neste momento, algumas vozes dão conta que a prova não deve ser mais disputada. Porém, aguardemos. O importante é que a F1 teve um pingo de humanidade diante do caos que lhe cerca. Vamos para Monaco.