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Com boa estratégia, Ferrari conquista os vices em Abu Dhabi

Na última corrida do ano, Charles Leclerc e a Ferrari comemoraram o vice de piloto e construtores da Fôrmula 1 em 2022

21 nov 2022 - 23h23
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A Ferrari e Leclerc tiveram motivos para celebrar resultados em Abu Dhabi
A Ferrari e Leclerc tiveram motivos para celebrar resultados em Abu Dhabi
Foto: Scuderia Ferrari / Divulgação

Na despedida da Fórmula 1 de 2022, a Ferrari saiu de Abu Dhabi comemorando o segundo lugar tanto no campeonato de pilotos como no campeonato de construtores. Alguns milhões na conta, mas também uma motivação a mais, depois de um ano conturbado e cheio de decepções.

Para os padrões de Abu Dhabi, foi uma boa corrida, especialmente na primeira metade, com brigas entre Mercedes e Ferrari e também os jogos de estratégia. Por falar em estratégia, a Ferrari arriscou, foi corajosa e deu certo. É até estranho falar assim, mas quando acerta é preciso elogiar. Um fator que contribuiu para o êxito foi a baixa degradação dos pneus já esperada, mas, mesmo assim, a Ferrari surpreendeu com o ritmo forte, aliada a uma grande pilotagem de Charles Leclerc, que fez tudo o que estava ao seu alcance para conquistar o vice-campeonato. 

Mesmo que esperássemos desgaste menor em Yas Marina, o acerto do carro foi primordial para ajudar neste problema, porque a degradação foi menor do que a vista nos treinos livres, por exemplo. Porém, essas coisas não acontecem sozinhas. A Red Bull estava mais forte e poderia até fazer dobradinha com Verstappen e Perez, mas acabou forçando o mexicano a uma estratégia de duas paradas. Isso aconteceu porque a Ferrari teve condições de pressioná-lo, assim, os austríacos tiveram que se defender, forçando Perez a parar. ‘Checo’ também não teve uma pilotagem que o ajudasse nessa questão, forçando o ritmo e desgastando os compostos. 

Quando a Ferrari chamou Sainz primeiro e manteve Leclerc na pista na janela de pit stop, muitos podem até ter achado um erro, mas aí foi também um grande ponto que ajudou o monegasco a conseguir o vice. Com Leclerc bem na frente do espanhol sem perda de tempo para nenhum dos dois e com ordem para o #55 não atacar, Charles conseguiu focar em sua corrida e, no fim, viu-se que arriscar era o melhor a ser feito.

Na parte final, Hamilton e Perez fizeram linda disputa, fazendo até alguns relembrarem de 2021, quando os papéis foram invertidos e o mexicano fez o inglês perder tempo em relação a Verstappen. Isso certamente colaborou para que Leclerc conquistasse o vice, já que a aproximação de Checo se deu tardiamente na prova, vendo a equipe italiana comemorar o êxito. No pós-corrida, Binotto comentou: 

“Foi fantástico ver o trabalho da equipe nos boxes. Fomos flexíveis com os dois carros, pois sabíamos que era possível fazer uma ou duas paradas”, disse o contente chefe de equipe. “Charles tinha uma boa vantagem sobre seus adversários em um ponto e conseguiu entrar no modo de gerenciamento. Ao fazer isso, ele conseguiu correr na estratégia de uma parada.”

Dadas as circunstâncias e grid de largada, a Ferrari fez tudo que era possível e conseguiu o melhor que o fim de semana poderia entregá-la. Depois do sofrível GP do México, o ritmo do carro melhorou bastante e a equipe conseguiu competir, mesmo tendo a Mercedes como grande adversária em muitos momentos.

2022 foi um ano difícil na Ferrari por conta de toda expectativa gerada, mas um vice-campeonato, olhando todo o retrospecto, parece não ser tão ruim assim. Houve um salto de qualidade na mudança de um ano para outro e o trabalho de médio/longo prazo pode dar frutos. À ver o que a equipe fará com a liderança de equipe. Binotto não parece ser querido pela maioria dos fãs e não se sabe se permanece. Mas, independente disso, é necessário que internamente a Ferrari saiba em que direção irá daqui para frente para que consiga voltar aos dias de glória. 

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