Como Fórmula 1 monta estratégia para evitar quarentena e levar adiante GP de São Paulo
Segundo a revista alemã Auto Motor und Sport, a Fórmula 1 considera atrasar o GP de São Paulo em uma semana, para 14 de novembro, e realizar uma corrida no Oriente Médio sete dias depois. A decisão sobre o GP do Japão sai até 10 de agosto
O GP de São Paulo está no calendário da temporada 2021 da Fórmula 1 e, originalmente, vai acontecer entre 5 e 7 de novembro, em Interlagos. Entretanto, segundo informa a revista alemã Auto Motor und Sport, a organização do Mundial considera realizar a prova no Brasil uma semana depois do previsto. Tudo para evitar a quarentena imposta por governos que ainda colocam o país na lista de restrições de viagens de ida e volta em razão da pandemia.
De acordo com a publicação alemã, "o próprio Brasil deseja, absolutamente, realizar seu GP. Isso torna difícil para a Fórmula 1 retirar a corrida do calendário por motivos contratuais". O acordo da organização da Prefeitura de São Paulo com o Liberty Media, empresa que promove e organiza a Fórmula 1, tem duração de cinco anos, com início em 2021.
Como forma de evitar que os profissionais envolvidos com a F1 sejam afetados pelas regras de restrição de viagens, sobretudo do Reino Unido, a alternativa considerada pela Fórmula 1 neste caso é reagendar o GP de São Paulo em uma semana, para os dias 12 a 14 de novembro, e depois viajar para uma corrida no Oriente Médio logo em seguida, no chamado 'back-to-back', ou exatamente uma semana depois da prova no Brasil.
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A tal corrida no Oriente Médio viria para ocupar a lacuna deixada pelo cancelamento do GP da Austrália. Do ponto de vista logístico, faria todo o sentido que a prova aconteça na região porque, duas semanas depois, a Fórmula 1 tem no seu calendário a estreia do GP da Arábia Saudita, em Jedá, e fecha a temporada 2021 com o GP de Abu Dhabi, em 12 de dezembro. Portanto, o transporte das peças, carros e demais equipamentos da F1 ficaria facilitado com uma sequência de três GPs na região. Além disso, uma corrida na Europa nesta época do ano é algo impensável em razão do rigoroso inverno no Velho Mundo.
Neste aspecto, o Bahrein, que foi palco dos testes de pré-temporada e da etapa de abertura da temporada em 28 de março, desponta como favorito a receber uma nova prova em 2021, tendo como alternativa mais provável o anel externo do circuito de Sakhir, cenário da penúltima corrida em 2020.
Entretanto, o Catar, habitual sede de uma das etapas da MotoGP nos últimos anos, no circuito de Losail, também aparece com alguma chance. Cerca de um ano depois, o país vai receber o evento mais importante da sua história: a Copa do Mundo da Fifa, que será realizada de 21 de novembro a 18 de dezembro de 2022.
O quebra-cabeças do Liberty Media para garantir um calendário com 23 GPs em 2021 passa pela resolução do GP do Japão. Oficialmente, a prova segue confirmada, mas a alta dos casos de Covid-19 no país e a incerteza até mesmo sobre os Jogos Olímpicos, com a cerimônia de abertura marcada para a noite desta sexta-feira (23) em Tóquio, trazem à tona um cenário de grande dúvida sobre a corrida, ainda mais porque a MotoGP e o Mundial de Endurance já cancelaram os GPs que tinham previstos no Japão neste ano.
O GP do Japão está marcado para 10 de outubro. Portanto, segundo a Auto Motor und Sport, a Fórmula 1 trabalha com 10 de agosto como a data limite para a definição sobre a corrida. O período de dois meses é necessário para definir a logística e enviar, via marítima, os contêineres das equipes e da organização da F1.
Se o GP do Japão for de fato cancelado, a rodada dupla no Circuito das Américas, em Austin, surge como a principal alternativa para a F1. Desta forma, o calendário traria o GP da Rússia em 26 de setembro e o GP da Turquia em 3 de outubro. Depois, duas semanas de pausa antes de uma rodada tripla: dois GPs nos Estados Unidos, nos dias 17 e 24 de outubro, e o GP do México na semana seguinte, no dia 31. 14 dias depois, aconteceria o GP de São Paulo, em Interlagos.
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