A foto acima é um registro um tanto quanto raro: Adrian Newey e o Red Bull X2010. O encontro entre criador e criatura aconteceu em julho de 2011 no Festival de Velocidade de Goodwood, na Inglaterra, e expôs um carro que a equipe austríaca não pode usar na Fórmula 1. Até porque o monoposto infringe todas as regulamentações impostas pela categoria para buscar o máximo de velocidade.
O carro foi desenvolvido originalmente para o game Gran Turismo 5, de PlayStation 3, depois do desafio do japonês Kazunori Yamauchi. Responsável pela empresa que desenvolve a série Gran Turismo, além de piloto por hobby, Yamauchi lançou a pergunta: como seria um carro que fosse construído apenas para superar limites, sem se prender a regras?
O desafio caiu nas mãos de Adrian Newey, projetista da Red Bull, que desenvolveu um "carro de Fórmula 1" com todos os adereços aerodinâmicos que a categoria proíbe. Resultado final: o modelo do jogo possui cobertura nas rodas, cockpit fechado, maior downforce e uma propulsão extra por uma ventoinha traseira, que diminui a pressão sob o assoalho - sistema muito semelhante ao que a Brabham tinha no modelo BT46B, pilotado por Niki Lauda e John Watson na temporada 1978 da Fórmula 1.
O carro virtual tem motor turbo V6 de 3 litros com injeção direta, pesa apenas 545 kg (contra mais de 600 kg dos modelos da F1) e alcança uma força G que supera 8G - desta forma, um piloto humano dificilmente sairia vivo ao atingir a velocidade máxima do carro no videogame, que supera os 500 km/h.
Ainda assim, o resultado final impressiona: o alemão Sebastian Vettel, tricampeão da F1 (2010, 2011 e 2012), foi o responsável pelo teste virtual do carro no Circuito de Suzuka, no Japão. Vettel não decepcionou e, a bordo do carro no videogame, baixou em mais de assombrosos 25s o recorde da pista, alcançado pelo finlandês Kimi Raikkonen com a McLaren MP4-20, em 2005, com o tempo de 1min31s540. Com o carro em mãos, o gamer pode tentar bater o tempo de 1min05s de Vettel nas pistas virtuais.
Pelas impossibilidades físicas de ser pilotado, o Red Bull X2010 (também conhecido como Red Bull X1) existe apenas no videogame ou em modelos construídos e que são exibidos em festivais - como no encontro da foto com Newey. Ainda assim, o "carro proibido" fez tanto sucesso que, em outubro de 2011, uma versão atualizada do game apresentou ao mundo o Red Bull X2011, todo na cor preta.
Sem poder usar o bólido nas pistas (fazer o quê?), a Red Bull deve lançar agora em fevereiro o novo modelo para a temporada 2013 da Fórmula 1. O RB9, cujo desenvolvimento foi atrasado para que a equipe pudesse buscar os títulos de pilotos e construtores em 2012, terá motor aspirado de 2,4 litros e pesará 642 kg (com o piloto). Felizmente, não atingirá os 500 km/h do assombroso modelo X2010.
Michael Schumacher (ALE) Aos 44 anos, enfim, o alemão deixou de vez a Fórmula 1. O destino do heptacampeão deve ser o mesmo de sua primeira aposentadoria, ao fim de 2006: cuidar da família, andar de moto de vez em quando e aparecer de vez em quando na Corrida dos Campeões (Race of Champions, ou ROC)
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Kamui Kobayashi (JAP) O japonês não permanecerá na Sauber em 2013, e já sabe que não tem chances de alinhar no grid neste ano. Assim, busca uma vaga como piloto de testes para tentar voltar à categoria em 2014. Sem experiência em disputa com carros de turismo, vê a Fórmula Indy como uma possibilidade um tanto quanto remota.
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Timo Glock (ALE) O alemão tinha contrato com a Marussia para 2013, mas provavelmente se cansou de esperar por um carro competitivo e rompeu seu contrato. Para este ano, o destino mais provável de Glock, ex-piloto de Jordan e Toyota, deve ser a DTM, competição alemã de carros de turismo.
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Heikki Kovalainen (FIN) Outro que está cansado de esperar por um carro competitivo na Caterham, o finlandês deve ficar de fora da Fórmula 1 em 2013. Seu destino deve ser a FIA GT1 neste ano, categoria de carros de turismo onde correm nomes como Álvaro Parente, Andres Zuber, Milos Pavlovic, Tomas Enge e Markus Winkelhock.
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Narain Karthikeyan (IND) Aos 36 anos, é mais um a dar adeus à Fórmula 1 após o fechamento da HRT. Com patrocínio, deverá buscar espaço na Fórmula Indy, na Nascar ou em um carro nas 24 Horas de Le Mans o indiano já passou pelas três, mas sem deixar saudades em nenhuma delas.
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Nick Heidfeld (ALE) Descartado pela Lotus Renault GP (hoje Lotus) em 2011, Heidfeld vê um retorno à Fórmula 1 cada vez mais difícil. Em 2012, o alemão disputou três etapas do Mundial de Endurance pela equipe suíça Rebellion, conseguindo um terceiro lugar em Le Mans. O destino deve ser o mesmo em 2013.
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Vitantonio Liuzzi (ITA) A única porta aberta para o italiano em 2013 seria a HRT, mas o fechamento do time selou definitivamente seu adeus à F1. Em 2013, deve fazer o mesmo que fez em 2012: disputar o campeonato italiano de Superstars, categoria de turismo onde enfrenta nomes como Gianni Morbidelli.
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Jarno Trulli (ITA) Sacado da Caterham no início de 2012 para dar lugar a Vitaly Petrov, Trulli se afastou do automobilismo no último ano. O carismático italiano, 38 anos, tem se dedicado à mulher Barbara, aos filhos Enzo e Marco e à vinícola que mantém na Itália. Deve continuar assim ao longo de 2013.
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Karun Chandhok (IND) Aos 29 anos, o indiano Chandhok tem chances remotas de voltar à Fórmula 1. O destino do ex-piloto da Hispania (2010) e da Team Lotus (hoje Caterham, em 2011) deverá ser o Mundial de Endurance da FIA, onde já correu em 2012 com desempenho relativamente bom foi décimo na temporada.
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Jérôme dAmbrosio (BEL) Piloto de testes da Lotus ao longo de 2012, teve poucas oportunidades desde 2011 para exibir uma performance convincente como titular. Assim, luta para ser mantido como reserva do finlandês Kimi Raikkonen e do francês Romain Grosjean na equipe. A tendência é que consiga.