De Verstappen a Drugovich: como esporte a motor vive 2022 dos títulos anticlimáticos
Max Verstappen demorou para entender que havia conquistado o bicampeonato da Fórmula 1 no Japão e se juntou aos campeões da F2, F3, W Series e F4 italiana em comemorações estranhas em 2022
A confirmação do título de Max Verstappen em 2022 veio de forma no mínimo inusitada. O holandês foi informado por Johnny Herbert nas entrevistas após o GP do Japão que era bicampeão da Fórmula 1. Tudo por conta de uma punição para Charles Leclerc que promoveu Sergio Pérez para a segunda colocação, mas Verstappen seguiu acreditando que faltava um ponto para garantir o título.
Isso porque o holandês não sabia que os pontos da corrida seriam distribuídos de forma integral, já que pouco mais de 50% das voltas foi completada. Mas, como a prova terminou com bandeira quadriculada, Verstappen abriu a distância necessária para Leclerc para comemorar, ainda que com atraso e já fora do carro, o bicampeonato da Fórmula 1 na casa da Honda.
Max não foi o único cuja comemoração de título foi fora do habitual. Pelo contrário: essa tem sido a tendência no mundo do automobilismo em 2022, com cenários parecidos acontecendo na Fórmula 2, Fórmula 3, W Series e na Fórmula 4 italiana.
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O brasileiro Felipe Drugovich celebrou a conquista da Fórmula 2 também fora do carro. O piloto da MP Motorsport acabou abandonando a corrida sprint em Monza, mas, como Théo Pourchaire também não pontuou, Felipe acabou garantindo o título antecipadamente e comemorando junto com toda a equipe francesa nos boxes.
No mesmo fim de semana, Victor Martins também se sagrou campeão nos boxes. A corrida principal da Fórmula 3 teve um forte acidente envolvendo Kush Maini e Brad Benavides na saída da 2ª perna da Lesmo, a cinco voltas do fim. De início, a direção de prova acionou bandeira amarela e autorizou a entrada do safety-car, porém optou pela bandeira vermelha na sequência.
O francês passou a ser investigado por exceder os limites de pista, junto com vários outros pilotos. Martins foi punido com cinco segundos, mas o quarto lugar foi o suficiente para o piloto da ART garantir o título da F3.
Na Fórmula 4 britânica, a conclusão do campeonato foi ainda mais inusitada: o irlandês Alex Dunne foi declarado campeão enquanto competia na Fórmula 4 italiana. Depois de dominar o início da temporada na Grã-Bretanha, Dunne optou por disputar a etapa de Monza no último fim de semana e garantiu o título mesmo estando disputando outra categoria.
O pior fechamento foi o da W Series. A categoria informou nesta segunda-feira (10) que não vai concluir a temporada de 2022, encerrando a disputa a três etapas do final. Com a conclusão prematura, a britânica Jamie Chadwick acabou conquistando o tricampeonato.
Stoffel Vandoorne, campeão da Fórmula E em 2021-22, foi um dos poucos que celebrou tradicionalmente sua conquista e brincou com o fato nas redes sociais: "Acho que sou o único 'normal'". Além do belga, outro que comemorou título na pista foi o australiano Will Power, agora bicampeão da Indy.
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