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Deu a lógica na F1: Alfa Romeo e Guanyu Zhou seguem para 2023

Após dúvidas, a Alfa confirma a continuação de Guanyu Zhou para a temporada de 2023. Longe de ser brilhante, a permanência é merecida

27 set 2022 - 12h08
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Guanyu Zhou e Frederic Vasseur (chefe da Alfa): uma dupla que funcionou
Guanyu Zhou e Frederic Vasseur (chefe da Alfa): uma dupla que funcionou
Foto: F1 / Divulgação

Muito se especulou nos últimos dias quando a Alfa Romeo publicou em suas redes sociais que faria um anúncio no dia 27. Vários cravaram que seria a confirmação da Audi na estrutura societária da Sauber (que formalmente conduz as atividades esportivas). Mas a foto de um tigre não dava muita mostra de que seria isso. E nesta terça veio a notícia da renovação de Guanyu Zhou por mais uma temporada com o time.

O anúncio era até considerado uma questão de tempo. Dentro das especulações de vagas para 2023, o posto do Zhou era até considerado tranquilo. O chinês chegou até com expectativas não muito altas, embora tenha feito uma campanha discreta nas categorias de base e tenha sido membro da Academia de Desenvolvimento de Pilotos da Alpine.

 Até aqui, Zhou teve um desempenho bastante honesto. Embora a própria equipe reconheça que esperava um maior aporte de patrocinadores chineses, há um entendimento geral de que os resultados não traduzem o que Zhou fez até aqui. A questão do desenvolvimento da Alfa ter sido um tanto quanto limitado ao longo da temporada é considerada nesta equação.

Dentro da estrutura atual, o chinês se acomodou bem no time e tem trabalhado de forma bem azeitada com Valtteri Bottas. Espera-se que, na segunda temporada, Zhou possa crescer e ajudar a Alfa Romeo a ser uma pontuadora efetiva. E sua permanência acaba por ser um ótimo chamariz para a China, que voltará a receber um GP na próxima semana. Entrar de fato no mercado chinês é um dos grandes objetivos da F1.

E para um momento em que a Sauber promete partir para uma transição para que seja assumida por uma grande empresa, o menor barulho possível que surja é interessante. Neste ponto, a permanência de Zhou acaba por ser um ponto positivo neste sentido.

A F1 já mostrou ser extremamente cruel com seus componentes. Já vimos vários pilotos de talento serem devidamente calcinados. Zhou não é um fora de série, mas merece sim permanecer na categoria. Não podemos ignorar o fator comercial. Mas para a atual situação da Alfa, o “fico” de Zhou é uma jogada segura.  

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