Eddie Jordan, ex-dono de equipe de F1, morre aos 76 anos
Eddie fundou e dirigiu a equipe Jordan Grand Prix entre 1991 e 2005
O automobilismo perdeu uma de suas figuras mais carismáticas. O ex-chefe de equipe e comentarista Eddie Jordan faleceu aos 76 anos, após lutar contra um câncer agressivo na bexiga e próstata. Sua família anunciou a notícia nesta quinta-feira.
Jordan, um nome presente no paddock da Fórmula 1 por quase quatro décadas, fundou e dirigiu a equipe Jordan Grand Prix entre 1991 e 2005. A escuderia começou na F3000 e rapidamente se tornou competitiva na F1, conquistando sua primeira vitória, uma dobradinha no chuvoso GP da Bélgica de 1998, com Damon Hill e Ralf Schumacher. O auge veio em 1999, quando Heinz-Harald Frentzen venceu duas corridas e levou a equipe ao terceiro lugar no campeonato, sua melhor classificação na história.
A última vitória da Jordan aconteceu de forma inusitada no GP do Brasil de 2003, interrompido pela chuva. Inicialmente, a vitória foi concedida a Kimi Räikkönen, mas depois foi atribuída a Giancarlo Fisichella, da Jordan.
A equipe já enfrentava dificuldades financeiras na época, agravadas pela perda do fornecimento de motores Honda para a BAR. Incapaz de competir com os gigantes da categoria, Jordan vendeu a equipe antes da temporada de 2006 para o grupo Midland, que posteriormente se tornou Spyker, Force India e Racing Point, que hoje é a Aston Martin.
Após deixar o comando da equipe, Jordan se tornou um comentarista de TV, conhecido por suas opiniões diretas e muitas vezes imprevisíveis.
O CEO da F1, Stefano Domenicali, lamentou a perda:
"Estamos profundamente tristes com a partida repentina de Eddie Jordan. Sua energia inesgotável sempre trouxe sorrisos, e ele permaneceu autêntico e brilhante em todos os momentos. Eddie foi um protagonista de uma Era da Fórmula 1 e fará muita falta. Neste momento de luto, nossos pensamentos estão com sua família e seus entes queridos."