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Equipes F1 2022: Alpha Tauri, um satélite fora de órbita

A satélite da Red Bull esperava estar no meio do pelotão em 2022. Porém, os fatores internos atrapalharam a Alpha Tauri a conseguir sua meta

14 dez 2022 - 12h11
(atualizado às 12h13)
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Yuki Tsunoda e o AT03: Um ano melhor para o japonês, mas ainda tem o que provar
Yuki Tsunoda e o AT03: Um ano melhor para o japonês, mas ainda tem o que provar
Foto: Red Bull Content Pool

Carro: Alpha Tauri AT03

Posição no Campeonato de Construtores: 9º lugar – 35 pontos

Posição no Campeonato de Pilotos: Pierre Gasly (14º lugar – 23 pontos) e Yuki Tsunoda (17º lugar – 12 pontos)

A Alpha Tauri encerra a temporada 2022 menor do que começou em termos de resultados. Em comparação aos anos anteriores, os comandados de Franz Tost deixaram muito a desejar. Porém, muito do recuo pode ser atribuído não somente à evolução dos concorrentes, mas das próprias falhas cometidas...

Embora seja assumidamente um satélite da Red Bull, especialmente em relação à formação de pilotos, a Alpha Tauri vem buscando uma identidade própria. Uma série de investimentos na estrutura do time vem sendo feita, embora ainda haja uma grande ligação com a “nave mãe” através do fornecimento de peças pela Red Bull Technology.

Um dos pontos dessa ligação era uma das grandes esperanças para este ano: a equipe começou a usar um túnel de vento que era da Red Bull. Isso permitiu ao time comandado por Jody Egginton usar um carro com o máximo de escala permitido no regulamento (60% do tamanho original contra os 50% do local anterior).

Essa era o principal trunfo para a evolução do time. Outro era a permanência da dupla Pierre Gasly e Yuki Tsunoda. O francês claramente funcionando como o líder da equipe, enquanto o japonês iria para a sua segunda temporada, esperando consolidar os ganhos da primeira temporada, onde mostrou velocidade, mas muita fogosidade...

Entretanto, os ganhos esperados não vieram. O AT03 se mostrou um carro que tinha seus momentos. Porém, graças ao novo túnel de vento, os parâmetros mudaram e logo se percebeu que o carro não gerava a pressão aerodinâmica esperada. Além disso, se percebeu dificuldades no tratamento dos pneus.

Em Imola, a equipe levou um pacote aerodinâmico para tentar corrigir o problema, mas não adiantando muita coisa. A Alpha Tauri se caracterizou por ser uma “leoa de treino” na sexta feira, mas não manter o desempenho ao longo do fim de semana. Também se observou que o time teve mais problemas de motor, o mesmo Honda renomeado como Red Bull Power Trains, com muita gente falando que a Alpha Tauri serviu como “campo de provas” para a Red Bull. Tudo negado, mas...

Esse comportamento errático do AT03 acabou por minar o desempenho. Tanto que a equipe teve seus melhores resultados na primeira metade do ano, com Gasly marcando o melhor desempenho da Alpha Tauri com um 5º lugar em Baku. Tsunoda conseguiu um 7º em Imola. O resto do ano foi minado por consumo de pneus excessivo e estratégias falhas.

Os resultados poderiam ser melhores e a equipe sabe disso. Tanto que os esforços para 2023 foram antecipados e algumas situações internas estão sendo revistas. Tsunoda segue para mais um ano e Nyck De Vries chega com bastante expectativa após um 2022 agitado.

 Mas sempre lembrando que, mesmo com a escolha de Vries, o objetivo do time é ser uma incubadora de pilotos para a Red Bull. Só não houve a escolha de alguém do programa taurino para 2023 pois julgaram que os nomes que estavam para escolha não estavam necessariamente prontos. Mas Tsunoda está no olho do furacão...

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