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F1 2023: Mais etapas e o desafio do teto orçamentário

Com o calendário 2023, a F1 pressiona mais ainda a questão orçamentária dos times, embora bônus e reajustes inflacionários aumentem.

21 set 2022 - 09h00
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A F1 parte para 24 provas em 2023 e enfrenta também o teto orçamentário
A F1 parte para 24 provas em 2023 e enfrenta também o teto orçamentário
Foto: Pirelli / Divulgação

Com a divulgação do calendário para 2023, uma pergunta aparece entre os fãs: como é que fica o limite orçamentário? Ano passado e agora, temos 22 provas e 3 Sprint Races. Para o próximo ano, teremos um recorde:24 provas e 3 Sprint Races.

Dentro dos acordos firmados em 2020, para o próximo ano o limite de gastos das equipes da F1 é estabelecido em US$ 135 milhões. Sempre lembrando que não entram aqui os gastos com salários de pilotos, motores (estabelecido em US$ 15 milhões anuais), gastos com marketing e com 3 pessoas chave do time. Em relação a este ano, significa uma redução nominal de US$ 5 milhões.

Muito se fala até aqui sobre quem poderia estar descumprindo os valores acordados. De fato, só saberemos no próximo ano quando os times entregarão suas demonstrações contábeis para avaliação da FIA. Mas como já falamos aqui, as equipes tiveram um certo alívio ao terem o teto reajustado em 2022 em 3,1%, de acordo com o que prevê o regulamento financeiro, que autoriza a aplicação de fator de reajuste inflacionário caso o índice anual das 7 principais economias mundiais ultrapasse 3%.

Junte a isso um acréscimo de US$ 1,2 milhão por cada etapa adicional além das 21 estabelecidas antecipadamente e um valor de US$ 100 mil por cada Sprint Race disputada. Um fator que também favorece aos times foi a desvalorização da libra esterlina e do euro em relação ao dólar americano, moeda paga pela Liberty Media pelos contratos comerciais, estimada cerca de 10%. Desta forma, o valor efetivamente ficaria como se segue:

Quadro de composição do teto orçamentário de 2022.
Quadro de composição do teto orçamentário de 2022.
Foto: Sergio Milani / do autor

Para 2023, as equipes não teriam o fator cambial para levar em consideração. Embora haja a redução em relação a este ano, haveria o direito ao reajuste pelo índice inflacionário, conforme previsto. Por conta dos aumentos nos preços de energia, as economias consideradas “desenvolvidas” têm apresentado números altos. Para efeito de cálculo, foi arbitrado um valor de 8% anual (embora o Reino Unido, base de 80% dos times, esteja estimando índices de 2 dígitos). Desta forma, teríamos o seguinte quadro:

Composição do Teto Orçamentário de 2023
Composição do Teto Orçamentário de 2023
Foto: Sergio Milani / do autor

Em termos nominais, teríamos um valor acima do valor estipulado para 2021. Para os times, significaria um acréscimo de pouco menos de US$ 4 milhões em relação a 2022. Acaba até servindo como uma certa compensação para as 2 etapas a mais. Só que, se comparar por valor por etapa, há uma redução de cerca de 5,9% em relação a 2022. Um número maior do que a redução inicial prevista (cerca de 3,5%).

Por enquanto, a questão se resolve. Mas a pressão de custos é grande e deveremos ouvir falar muito sobre o assunto mais uma vez. A gestão de pessoal pressiona, pois, muita gente não aguenta a grande rotação e tem pedido para sair da F1. Não é à toa que se fala em replicar um sistema parecido com o da NASCAR: times distintos para determinadas provas. O assunto deverá aparecer na pauta quando se discutir as adequações para o novo regulamento técnico de 2026.

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