F1 2023: Os testes acabaram. Qual é o quadro para o Bahrein?
Com o final dos testes de pré-temporada, agora só resta esperar uma semana para o começo da F1 2023. Mas deu para saber qual é a realidade?
Agora, F1 na pista só na próxima sexta-feira. Os trabalhos de preparação para a temporada encerraram-se neste sábado (25). Os times agora irão de debruçar sobre todo os dados obtidos nestes dias e trabalhar com as fábricas para entender e buscar a melhor situação para cada uma.
Embora saibamos que os testes de pré-temporada não sejam totalmente representativos da realidade de forças, pois já vimos verdadeiros leões de treino virarem filhotinhos quando a coisa era para valer e surpresas guardadas, nós saímos com algumas visões para a primeira prova da temporada 2023;
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- Os carros de 2023 estão mais rápidos do que os de 2022. Embora tenha havido o levantamento do assoalho em 15mm para tratar melhor o porpoising e estimar que se perderia pelo menos meio segundo, os tempos foram devidamente triturados. Resultado do aprendizado dos técnicos com as regras, pneus dianteiros que diminuíram a tendencia de saída dos carros em curva e motores um pouco mais refinados, mesmo com o “congelamento”;
Resultado: o tempo da pole do GP do Bahrein foi batido, bem como a melhor volta da pré de 2022 foi pulverizado em 1 segundo.
- Embora os programas sejam variados e não possamos ter ideia, a Red Bull sai com a percepção geral de “carro a ser batido” neste início de temporada. O RB19 se mostrou rápido desde o início e não apresentou problemas graves a princípio. Falamos dele um pouco aqui;
- A Ferrari não apresentou problemas claros. Teve uma questão de degradação acentuada de pneus. Inicialmente, a explicação é que o time estava usando asas menores, o que aumentava o desgaste. Mostrou boa velocidade e desempenho nas curvas. Ficou a duvida se estava escondendo o jogo, mas deixou a impressão de que é quem pode chegar mais próximo da Red Bull;
- Mercedes é uma incógnita. A percepção da equipe é que definitivamente o W14 é um passo à frente. Porém se notou que o carro estava extremamente nervoso. Um problema no eixo dianteiro foi reportado no segundo dia e aparentemente foi resolvido. Como no ano passado, usou aerofólios traseiros maiores do que a concorrência. Em princípio, segue como terceira força;
- A briga pelo melhor do resto é que promete ser animada. Quem puxa o carreto desta vez é a Aston Martin, especialmente com Alonso. Definitivamente, o AMR23 é um passo à frente em relação ao seu antecessor. O carro mostrou um desempenho bem consistente, especialmente no último dia com Alonso fazendo uma sequência de voltas extremamente constante com os C1 (composto mais duro do GP do Bahrein).
Felipe Drugovich fez o que se esperava dele. Após um ligeiro problema eletrônico logo no inicio dos trabalhos, procurou aproveitar ao máximo o tempo de pista e ser constante. Pelo menos para consumo externo, a equipe se mostrou muito satisfeita com o retorno dado pelo brasileiro. Agora, é aguardar se Lance Stroll terá condições de voltar para o GP do Bahrein. Ou ver se a Aston Martin optará por uma outra solução para a estreia. A carta Vettel foi citada nestes últimos dias...
- McLaren soou como uma certa desilusão. O MCL60 apresentou problemas nas aletas das rodas dianteiras por conta da temperatura dos freios. Isso tirou tempo de pista e os tempos da dupla Piastri/Norris não foi dos mais animadores...
- A Alfa Romeo mostrou ter um carro rápido. Segundo seus pilotos, o C43 se mostra superior ao seu antecessor. Zhou chegou a liderar o 2º dia de testes e Bottas fez o 3º tempo mais rápido no geral graças aos pneus macios. Porém, em ritmo de corrida, não soou tão bom assim...
- AlphaTauri andou bastante (foi o time que mais deu voltas), porém não convenceu. O AT04 se mostrou um carro extremamente nervoso, embora tenha melhorado ao longo dos dias. Embora Tsunoda tenha sido o mais rápido do time, De Vries teve seu desempenho elogiado pelo time, especialmente pelo retorno técnico. Mas o time chamou mais a atenção pelas notícias de uma possível venda.
- Haas vai no bolo. Não chamou a atenção pelo desempenho, mas andou bastante. Os pilotos ficaram satisfeitos com o VF-23 e esperam que a promessa de um maior investimento em desenvolvimento ao longo do ano se concretize. O ponto mais alto foi a apresentação do novo estrado do pit wall, com somente 3 lugares e que, segundo o time, trouxe uma economia de US$ 350 mil em fretes.
- A Alpine entra no grupo de grande incógnita. Gasly e Ocon andaram a maior parte do tempo na parte de trás dos tempos e com pneus mais duros. Ambos elogiaram o carro e muita gente que assistiu os testes deu conta que poderia ser uma boa competidora do melhor do resto. A conferir...
- Williams, embora discreta, soou melhor do que no ano anterior. O FW45 ficou na parte de baixo da tabela dos tempos, mas Alex Albon considerou o carro “um grande passo à frente”. O objetivo da equipe é tentar se misturar efetivamente no meio do pelotão.
Na percepção deste escriba, a relação de forças hoje é esta: Red Bull / Ferrari / Mercedes / Aston Martin / Alfa Romeo / Alpine / AlphaTauri / Haas / McLaren / Williams.
Agora, aguardemos o inicio dos trabalhos para ver a real situação do esquadrão. Que venha a F1 2023.
Quadro dos melhores tempos da pré-temporada
Quadro de voltas dadas por equipes e pilotos na pré-temporada
