F1 2026: mais elétrico, mais curto e com menos marchas
Em resposta aos questionamentos feitos pela Red Bull, o chefe técnico da F1 e alguns membros de equipes dizem que o quadro não é tão feio
Alguns dias atrás, falamos sobre várias situações que o regulamento técnico de 2026 tem levantado para os fabricantes de motores e equipes. Nesta quinta feira, o jornalista alemão Tobi Gruener publicou matéria no site alemão Auto Motor Und Sport detalhando alguns pontos que tem dado calor...
A matéria traz algumas informações recolhidas junto a vários membros de equipes envolvidos com as questões de 2026 e com Pat Symmonds, o responsável pela área técnica da F1. E mais algumas pistas apareceram tanto em relação a motor como ao carro em si.
Anteriormente, a discussão sobre os motores de 2026 veio à tona com as reclamações de Christian Horner e Max Verstappen sobre o rendimento observado nas primeiras simulações realizadas. Segundo eles, os pilotos teriam que reduzir velocidade em reta para poder recuperar energia de bateria ou evitar o clipping antecipado (quando a bateria chega no final e o motor tem que funcionar por si próprio).
De acordo com Symmonds, estas reclamações são infundadas. Segundo o técnico, várias simulações foram feitas e o tempo de volta não teve grandes mudanças em relação ao atual. Só que há uma resposta dada por ele que joga luz em relação à recuperação de energia.
Com a saída do MGU-H, não havia ficado tão claro como seria feita a recuperação de energia, além da recuperação das freadas. A intenção inicial seria usar o eixo para tal, mas como a Audi já tinha experiência neste campo vinda do FIA WEC e da F-E, os demais fabricantes vetaram esta solução.
Desta forma, ficou decidido que as baterias também serão carregadas com o uso de...combustível. E isso impacta não somente os motores como também a configuração do carro em si.
Originalmente, a ideia da redução do tamanho do carro passava em boa parte pela redução do tanque de combustível: dos atuais 120kg, a previsão inicial era de 70kg. Só que com a necessidade de recarregar a bateria, foi acordado que o tanque vai para 100kg, sendo 30kg para recarga.
"De acordo com nossos cálculos, você poderia ter feito isso com 18 kg extras para dois geradores de 176 cv (basicamente a potencia atual) incluindo semi-eixos, um diferencial e a fiação. Teríamos aproveitado o restante na traseira. Com esta solução poderíamos ter reduzido o conteúdo do tanque de 110 para 70 quilos e praticamente dispensado a combustão de combustível para geração de energia.", diz Symmonds.
Mesmo assim, é um tanque menor e vai ajudar mexer no carro. Outra solução que deve ajudar a reduzir o tamanho é a diminuição do número de marchas: das atuais 8 para 6 marchas. De acordo com a matéria, há um consenso de que o carro de 2026 terá 30cm a menos do que o atual (ficaria entre 5,45m/5,50m).
Outro ponto que ainda pode discutir para garantir esta redução seria uma maior liberdade de desenvolvimento das baterias. De acordo com Hywell Thomas, responsável pelos motores da Mercedes, se houvesse uma definição neste sentido, poderiam ter baterias no mesmo tamanho e no peso atual.
Sobre a aerodinâmica, ainda tem muita coisa a discutir, especialmente na tal da aerodinâmica ativa, aqui o DRS incluído. Aqui a Red Bull tem mais receio de perder a sua grande vantagem neste campo...