F1 2026: Menos tamanho e peso é mais competitivo
Mais novidades sobre o F1 2026: confirmada a redução de tamanho e peso. Câmbio padronizado e peso minimo pode ser abolido.
Uma das boas discussões da F1 é o que será a categoria em 2026, quando um novo regulamento técnico será implantado. Uma negociação vem sendo tocada nos bastidores em relação a tudo: os motores têm tido uma atenção maior, mas os carros em si tem sido uma grande interrogação.
Este espaço tem procurado trazer as notícias. E nesta segunda (02/10), novamente os alemães da Auto Motor Und Sport trouxeram mais algumas novidades sobre as discussões que a FIA e as equipes vem tendo. Afinal de contas, o tempo para que as equipes comecem a detalhar este novo projeto vai escorrendo rapidamente...
Basicamente, na matéria publicada, os alemães dão conta que as discussões vão em linha do que foi dito em julho e que falamos aqui neste artigo. De relevante que se fala aqui, podemos apontar os seguintes aspectos:
- O conceito de redução de tamanho foi cimentado. Parte da ampliação feita com os híbridos será desfeita: 10 cm a menos na largura (1,90m x 2m) e cerca de 20cm no entre eixos (dos atuais 3,60m para cerca de 3,40m).
- Além da redução da largura e tamanho, os aerofólios seriam revisados, o que levaria a uma redução da carga aerodinâmica dos carros (se estima em 40%). Um possível estreitamento dos pneus também está em consideração.
O que podemos tirar de interessante da matéria são dois pontos:
- A possível retirada do peso mínimo do regulamento. Este é um fator que acaba por nivelar os carros. Mas uma das ideias é liberar a restrição e deixar que os times busquem o melhor equilíbrio entre peso e aerodinâmica, com o teto orçamentário e o tempo de túnel de vento sendo as principais limitações.
- Para reduzir o tamanho dos carros, a solução principal que está na mesa é a redução da caixa de câmbio. Desde julho, se diz que está sendo considerada uma redução de 8 para 6 marchas. Além de tamanho, ajudaria a segurar o peso dos carros.
Além da redução, voltou a ser discutida a padronização das partes internas do câmbio. A FIA chegou a lançar uma licitação em 2019 neste sentido, mas houve uma negativa por parte dos times. Agora, a ideia volta à pauta, com os times ficando responsáveis somente pelo invólucro, que tem um peso maior na aerodinâmica.
Em um exercício de coincidência, na semana passada houve neste sentido uma fala de Luca Furbatto, um dos responsáveis da área técnica da Aston Martin, dizendo que hoje seria positiva uma padronização dos internos, já que os ganhos neste campo são quase nulos. Desta forma, os times poderiam direcionar esforços para outros campos.
A redução do tamanho e da carga aerodinâmica é uma movimentação para o caminho correto. Os pilotos reclamaram muito da geração atual dos carros, a considerando pesada e que não dá prazer de dirigir. Inclusive Esteban Ocon chegou a dizer que se divertiu mais pilotando o Alpine de 2021 (que já não era um primor em termos de dirigibilidade...). Mais prazeroso, já não se sabe. Mas certamente será mais nervoso, mais difícil de segurar em curvas.
Para uma redução de 40% da carga aerodinâmica conforme se espera aqui, a FIA teria que voltar ao caminho de restringir os apêndices (como foi a tônica em 2022) e reduzir os aerofólios. Aí poderíamos voltar a ver uma fórmula parecida com aquela do início dos anos 80, com os carros com aerofólios pequenos.
A grande dúvida aqui é a ação para permitir que os carros possam andar juntos. A FIA constatou que a turbulência voltou a aumentar este ano em relação em 2022 (a perda aerodnâmica em 2022 era 25% e este ano está estimada em 35%) e promete tomar alguma ação mais efetiva em 2025. Volta-se a se falar em outros elementos além do DRS para tentar ajudar neste processo. Mas cabe dar uma olhada no que a F2 fará para 2024 com seu novo carro, especialmente na asa traseira...