F1: A Red Bull terá adversários no GP da Itália?
O Red Bull RB18 se mostra forte nos circuitos de alta e surge como favorito para o GP da Itália. A Ferrari joga as fichas na corrida caseira
Após as férias de verão, a F1 se pergunta: alguém consegue parar a Red Bull em Monza? A pergunta aparece pois temos visto o RB18 simplesmente sapatear na cara da concorrência na Bélgica e Holanda. E agora muitos dão como favas contadas o bom desempenho dos taurinos na Itália.
Desde o início da temporada, a velocidade do RB18 chama a atenção, ainda mais com as informações de que seria um dos mais pesados do grid. O trabalho feito por Adrian Newey e Pierre Waché é fantástico. Além da geração de pressão aerodinâmica embaixo do carro, o RB18 tem um dos melhores índices de arrasto aerodinâmico hoje na F1 (quanto menor a resistência ao melhor, maior a velocidade gerada).
Junte a isso o bom desempenho dos motores Honda. Sim, não vamos nos iludir: Embora a divisão da Red Bull seja responsável pela manutenção, algumas afinações e dê nome oficialmente, o “trabalho sujo” foi feito pelas oficinas de Sakura (Japão) e mesmo as atividades na Inglaterra contam com vários membros que eram da Honda.
Embora tenham acontecido problemas iniciais, especialmente com itens que eram padronizados pela FIA (tratamos disso aqui), deixando em dúvida o desempenho, o motor vem se comportando exemplarmente e se revelando extremamente potente. Isso, junto com a eficiência aerodinâmica, dão ao RB18 dados impressionantes quanto à velocidade final. Por exemplo: em Zandvoort, Verstappen e Perez eram cerca de 9km/h mais velozes do que as Ferrari e a Mercedes.
Em uma pista como Zandvoort, velocidade máxima ajuda, mas não resolve tudo. Mas em Monza, velocidade é primordial. Neste ponto, a Red Bull sai na frente. E por conta das configurações com baixa carga, com asas traseiras quase horizontais, quem tem um carro naturalmente rápido acaba saindo na frente.
A Ferrari vai com as armas que tem à mão. Andar bem em Monza é praticamente um campeonato à parte para os italianos. Além da homenagem aos 75 anos de fundação com o uso do amarelo da cidade de Modena, a equipe deve liberar um pouco mais de potência da Unidade de Potência.
Segundo os italianos do site formu1a.uno, após os problemas com a 2ª Unidade, a Ferrari reduziu a potência após Baku e reduziu um pouco mais na Áustria. Com a introdução do novo sistema elétrico e a revisão de alguns componentes, espera-se que o F1-75 conte com quase toda a capacidade de potência, além de uma asa traseira com perfil mais baixo, que até chegou a ser usada em Baku e Spa. Que traga uma situação melhor do que ficar somente brigando pela pole.
A Mercedes joga com a confiabilidade. O W13, embora com seus “zeropods”, se mostrou com uma grande resistência ao ar. A equipe tentou jogar com algumas soluções ao longo do ano e pouco se evoluiu. A pequena janela de funcionamento joga contra neste momento, como vimos em Spa. Mais do que nunca, devemos ver Russell e Hamilton lançando mão do vácuo para tentar ganhar algum tempo. Sem contar a torcida por uma corrida acidentada. Mais do que nunca, a Mercedes precisa da sorte em Monza.