F1: Alpine confirma que não tem mais acordo de fornecimento com Andretti
Em entrevista ao Motorsport, o responsável de competições do time francês confirma que o acordo de motores com a Andretti não é mais válido
A informação surgiu semanas atrás através do jornalista inglês Joe Saward e foi confirmada nesta quinta (12) pelo Responsável de Competições e Chefe de Equipe Interino da Alpine ao Motorsport: A Alpine não tem mais um acordo de fornecimento de motores para a Andretti na F1.
Segundo Bruno Famin, um pré-acordo foi assinado entre as partes neste sentido. Porém, como alguns prazos não foram cumpridos quanto a aprovação da Andretti entrar na F1, não é mais válido o instrumento.
Observação: vamos combinar que acordos na Alpine são algo a se discutir após do caso Piastri. Pano rápido...
Não deixa de ser mais um problema para a Andretti além da resistência dos times para sua entrada. O acordo com a Alpine deve ter feito parte da documentação passada para FIA e ter sido uma parte importante do processo. Sem contar que a Andretti já tem um time técnico trabalhando em cima do projeto e decisões sobre o conjunto mecânico são importantes.
Não deixa de ser curioso pois uma das reclamações que a Alpine costuma fazer não tem um cliente para poder ajudar no desenvolvimento de seus motores. Mas as falas de Famin dão conta de que os franceses estariam abertos a negociar um novo acordo, já que agora há pelo menos a aprovação da FIA para o projeto da Andretti.
Entretanto, há uma conversa que circula nos bastidores que o vencimento do acordo Alpine/Andretti foi “friamente calculado” para que o pedido francês para poder mexer no motor e ter mais potência em 2024 seja aprovado pelos demais fabricantes dentro do regulamento atual (já falamos disso lá no início do ano).
Este acordo, ao menos o que parece, é uma das bases do projeto Andretti. Até agora, não está claro se a Cadillac entraria realmente como fornecedora (pelas regras, ela poderia agora se tentar para 2027), embora as ideias seguem em curso e um protótipo monocilindro já tenha rodado nos Estados Unidos. Todo caso, até este motor ser preparado, uma unidade existente levaria a etiqueta americana.
Mesmo abertos a negociar com a Andretti, Famin seguiu com o mesmo discurso dos demais times: uma nova equipe é bem-vinda desde que “adicione valor’ à categoria. Lembrando que, justamente pelo acordo existente anteriormente, a Alpine era uma das poucas equipes que via a entrada dos americanos positivamente.
A tarefa dos Andretti para entrar na F1 fica cada vez mais complicada. Agora, Michael Andretti tem que tentar retomar este acordo com a Alpine ou bater na porta de outro fornecedor. Das marcas atuais, os americanos tem um contato forte com a Honda, que atende ao time na Indy e mais recentemente no IMSA. Até onde se sabe, o acordo de fornecimento com a Aston Martin não é exclusivo...