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F1: Alpine tenta mexer no motor, mas o problema é outro

Após pedir verificação junto à FIA sobre os motores, Alpine leva negativa e mostra que seu problema vai muito além da Unidade de Potência

18 out 2023 - 10h34
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Alpine vai tentando se movimentar, mas problema não é só motor...
Alpine vai tentando se movimentar, mas problema não é só motor...
Foto: Alpine F1 Team / Divulgação

Não é de hoje que a Unidade de Potência da Alpine tinha a sua capacidade questionada. A capacidade de trabalho do pessoal de Viry-Chatillon é inegável, afinal muitos sucessos foram obtidos não só na F1 com o esforço feito por aquele time.

Mas a estratégia decidida em 2021 mostrou seu lado fraco: os franceses optaram por desenvolver ao máximo naquele momento contando com o congelamento estabelecido para começar em 2022. O pensamento foi: vamos esticar ao máximo e depois nós só vamos tratando detalhes.

Só que os demais times aproveitaram da brecha que as regras permitiam mexer nos motores por motivos de custos ou confiabilidade. Nesta brincadeira, tiveram ganhos de até 30cv e, principalmente, uma liberdade para poder fazer a afinação do modo de funcionamento. Afinal, quando estamos falando de uma unidade de potência com 850 cv (só falando da parte de combustão), é um ganho de 2 a 3%. Muito marginal.

Os franceses chegaram a reclamar sobre isso, pois optaram por mexer sim em confiabilidade, mas na troca da bomba d’água. E assim acabou os deixando em prejuízo em relação aos demais concorrentes, ainda mais agravado pelo fato das unidades de potência só serem usados pela própria Alpine.

Um dos pontos das atuais unidades é a similaridade de potência. Em termos de regime máximo, dizer que existe uma diferença de 5% é muito. Claro que vão ter diferenças em relação a consumo ou curva de potência, mas é impressionante o equilíbrio. E a régua vai aumentar: o regulamento de 2026 prevê que não pode haver uma diferença de mais de 3% entre as unidades. Estamos falando de cerca de 30cv (considerando a potência geral com o motor elétrico).

Na Bélgica, quando se falou numa possível liberação da Alpine poder mexer no motor, se falou em cerca de 40cv de defasagem em relação aos demais. Uma diferença dessa, mesmo com as atuais regras restritivas, é possível de se compensar em comportamento de chassi e aerodinâmica.

Os alemães da Auto Motor Und Sport dizem que a FIA fez uma análise da situação dos motores a pedido da Alpine (é permitido isso pelas regras) e realmente foi localizada uma diferença, mas quase ínfima: cerca de 10 a 15cv. Considerando 1000 cv, estamos falando de 1 a 1,5%. Não justifica uma autorização para mudança.

Então fica clara aqui a situação um tanto quanto problemática da Alpine em relação ao seu projeto. A mostra que os franceses têm um carro ruim em alta velocidade foi o fato dos dois carros ficarem no Q1 em Monza. Dá a entender que uma mexida também serviria para compensar erros de projeto com cavalos a mais.

Oficialmente, os franceses dizem que o foco atual da Alpine é o projeto de 2026. Consertar o motor seria importante? Sim. Mas serviria basicamente para mascarar um projeto ruim e que é mais difícil de corrigir, ainda mais em um time que está um tanto quanto à deriva. Atualmente, o time é comandado interinamente pelo responsável de competições; o Diretor Técnico Matt Hartmann está no time desde 2018 (vindo da Mercedes) e ainda uma briga tremenda de integração entre as unidades da Grã-Bretanha (chassi) e França (motor).

Parabólica
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