F1: Até quando a Aston deve confirmar Stroll ou Drugovich?
Aston Martin já confirmou que, se Lance Stroll não tiver condições, Felipe Drugovich será o titular no Bahrein. Mas o que dizem as regras?
Desde o anuncio em 20 de fevereiro de que Lance Stroll não participaria dos treinos de pré-temporada no Bahrein, uma grande expectativa se criou sobre a participação de Felipe Drugovich como titular na Aston Martin para o início da temporada.
O que se sabe de fato é que Stroll estava em preparação e sofreu um acidente de bicicleta, sofrendo “ferimentos”, segundo o comunicado da Aston Martin. A partir daí, uma série de informações surgiram, porém não confirmadas. A versão que vem se ventilando é que o canadense teria quebrado os dois pulsos e teria operado um deles (inclusive divulgada pela repórter Mariana Becker, que acompanha a F1 pela Band).
O fato é que Felipe Drugovich foi indicado para participar dos testes. Fez duas sessões de um total de seis e aparentemente fez um bom trabalho. A impressão que deixou foi bem positiva e mostrou que poderia ser uma alternativa de confiança para uma possível substituição à Stroll.
A questão é que, mesmo tendo oficialmente o papel de reserva, Drugovich não parecia ser uma carta a ser levada como mandatória neste jogo. Havia a chance do outro reserva, Stoffel Vandoorne, aparecer, mas o belga correu pela F-E. Uma notícia de que Vettel poderia voltar apareceu no paddock, mas não foi à frente.
Até que neste domingo, a Aston Martin soltou uma declaração de que, caso Stroll não tenha condições de participar, Drugovich será o titular no GP do Bahrein. Porém, ressalta que todo o esforço será feito para que o canadense tome parte da corrida.
Porém, pelo regulamento, como funciona a confirmação?
Pelo regulamento esportivo da F1, as equipes, quando procederam sua inscrição para o campeonato deste ano, informou o nome de seus pilotos até 1º de novembro do ano passado. Mas podem acontecer alterações, se necessário. Uma equipe pode usar até 4 pilotos por final de semana (2 titulares e 2 reservas).
Mesmo assim, até 24 horas do começo do TL1, as equipes tem que informar quais são os pilotos que serão usados em cada sessão. Qualquer mudança feita com menos de 2 horas do começo do TL1 só pode ser feita com a autorização dos Comissários.
De acordo com o item 32.2, uma equipe pode mudar um piloto a qualquer momento antes da Sessão de Classificação da corrida (ou no TL2 de uma prova com Sprint Race). No caso de troca, este piloto traz todos os jogos de pneu e motores do piloto substituído.
Desta forma, até quinta-feira, a Aston Martin deve comunicar os seus pilotos para o fim de semana. No caso de ser um jovem piloto a andar no TL1, o aviso tem que vir pelo menos 1(uma) semana antes da prova através de comunicação à FIA.
No caso específico de Stroll, a Aston Martin pode apresentar os pilotos até quinta-feira. Porém, de acordo com o Anexo L do Código Desportivo Internacional da FIA, a equipe deve comunicar o Delegado Médico da FIA e à Autoridade Esportiva Nacional que um dos pilotos sofreu um acidente e deve passar por checagem.
Segundo os regulamentos da FIA, todo o piloto deve ter uma avaliação anual de saúde. E o Corpo Médico da FIA, no caso de Stroll, deve receber toda informação possível dos médicos, incluindo laudos e imagens. Aí será feita uma avaliação específica e o Delegado Médico dará o aval ou não da liberação.
Desta forma, temos que aguardar. Uma comunicação formal pela Aston Martin pode ser feita até quarta. Entretanto, há toda um procedimento a ser seguido. Todo caso, Drugovich está de sobreaviso para aproveitar a chance pela qual vem lutando muito para ter: correr em uma prova na F1