F1: Austrália começa diferente, sem Verstappen na frente
No primeiro dia de treinos, Verstappen não liderou. Leclerc mostrou que a Ferrari tem condições de brigar pela pole. Mas ainda há trabalho
Uma sexta fora dos padrões estipulados recentemente na F1. Duas sessões e não tivemos uma Red Bull na liderança. O que chamou mais a atenção nem foi o TL1, onde Lando Norris fez o melhor tempo. Mas sim os resultados do TL2, que acabam sendo mais importantes para saber qual é a real situação do pelotão.
Desta vez, Charles Leclerc foi o mais rápido no TL2. Até aí, sem grandes dramas, pois vimos isso acontecer no ano passado. O que chamou a atenção foi a diferença da Ferrari para Verstappen: quase 4 décimos.
A impressão de Sainz e Leclerc desde o início foi que o SF24 era claramente uma evolução em relação ao SF23. E agora em Melbourne, pelo menos neste primeiro dia, as coisas se encaixaram bem: mesmo com as mudanças feitas para dar mais fluidez e aumentar a velocidade, a pista do Albert Park exige uma boa tração. E a Ferrari tem entregue até aqui.
O que faz acreditar que a Red Bull pode ter alguma “sombra” nesta etapa foi a simulação de corrida: Leclerc também encaixou boas voltas com os médios, sendo seguido de perto por Perez. Verstappen não conseguiu um bom acerto e andou pouco: um dos motivos foi ter que mexer no fundo do carro por conta de uma escapada no TL1, que o fez perder tempo para o TL2 (só entrou na pista com 20 minutos de treino).
Porém, o que se especula é que a Ferrari estaria usando um modo de motor mais forte do que a concorrência, o que explicaria este bom ritmo especialmente de Leclerc. Sem contar que a Red Bull não achou um bom caminho até agora, especialmente nas curvas de baixa. Foi estranho ver Verstappen brigando com o carro certas vezes ao longo da sexta.
Quem também pode fazer algum brilho é a McLaren. Melbourne é uma pista mais favorável ao MCL38 e tanto Norris como Piastri mostram bom ritmo, inclusive na simulação de corrida. O quadro a seguir, com mais um notável trabalho de Toni Sokolov, mostra a situação geral.
Todo caso, a Ferrari mostra força para este GP da Austrália. Os times farão todo o trabalho de tentar entender os dados e já projetar o restante do final de semana pois, embora não seja uma pista abrasiva, a superfície tem um ganho muito grande de uma sessão para outra por conta do emborrachamento. Este ponto ganha importância dado o uso da gama mais macia para este fim de semana...