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F1: Disputa plena no GP do México por conta do ar rarefeito

Todo ano, as equipes tem o desafio de lidar com o ar rarefeito do México. Na disputa apertada como a de 2024, lidar com isso faz a diferença

25 out 2024 - 12h30
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Não bastando a briga ao longo do ano, Mexico pode trazer tudo muito mais proximo ainda
Não bastando a briga ao longo do ano, Mexico pode trazer tudo muito mais proximo ainda
Foto: Pirelli Motorsport

Final de temporada chegando e qualquer detalhe faz a diferença para definir não somente o campeonato de Pilotos, mas também os dos Construtores. O GP da Cidade do Mexico tem características que acabam por tornar a equação mais complicada para todos...

Normalmente, todo projeto acaba por ser uma combinação de compromissos. O objetivo é que o carro tenha um bom comportamento em todos os tipos de pista. Entretanto, por mais que se busque este ponto ótimo, sempre haverá algumas condições que o conjunto se sobressairá.

O GP mexicano acaba por ser um desafio enorme para os times. Embora tenhamos ao longo da temporada pistas acima do nível do mar (Interlagos incluso), a Cidade do México está a 2.250m acima. Isso acaba por ser um pesadelo do lado mecânico como aerodinâmico...

Pelo lado mecânico, quem sofre são os motores. Quanto mais alto, menos oxigênio no ar (menos número de moléculas). Com isso, você tem que gastar mais combustível para poder ter a mesma potência do que ao nível do mar, pois a mistura ar-combustível tem que ser mais rica (mais combustível).

Mesmo com esta afinação, estima-se que os motores percam cerca de 25% de sua potência na Cidade do México. Por isso, as equipes têm que andar com um pouco mais de combustível do que o habitual, além de fazer todo um acerto no mapeamento eletrônico da parte elétrica para buscar compensar parte da potência perdida.

Outro ponto aqui é o tamanho do turbo. Aqui, entra a diferença de filosofia: a Mercedes usa uma turbina maior, o que acaba por trazer um pouco mais de ar para dentro do motor. Neste caso, no México, este é um problema. Enquanto a Honda nos últimos tempos optou por usar uma turbina ligeiramente menor e com partes internas desenvolvidas com a ajuda da divisão aérea da companhia. Tendo menor tamanho, menos ar é necessário. Por isso o fato da Honda ter um desempenho interessante no GP mexicano.

Outro ponto que o ar rarefeito afeta é a refrigeração. É usual vermos os carros com maior número de aberturas na carroceria. Novamente entra aqui a questão do número menor de moléculas...neste caso, os radiadores também são trocados para poder ter maior capacidade de troca de calor. Em projetos que são cuidadosamente pensados para a eficiência aerodinâmica, mais e maiores aberturas significam perda de eficiência. Junte isso a mais ar quente circulando...

Detalhe das aberturas da Ferrari para refrigeração no GP da Cidade do Mexico
Detalhe das aberturas da Ferrari para refrigeração no GP da Cidade do Mexico
Foto: Albert Fabrega / X

Aqui se junta o impacto da aerodinâmica. Além de ter que tratar destes fluxos “inesperados”, o ar rarefeito faz com que os carros gerem menos pressão aerodinâmica. Para carros que tem uma resistência maior ao ar, isso é um bom ponto. Não é à toa que as equipes trazem para a Cidade do México praticamente os mesmos aerofólios de Monaco, pista onde é necessária toda a pressão aerodinâmica possível. Dentro deste quadro, se torna necessário ter um fundo mais eficiente do que nunca e um acerto de suspensões para um bom desempenho.

Por estes pontos e o fato dos carros estarem muito próximos é que teremos um GP da Cidade do México muito interessante para se ver. Nas edições passadas, a Red Bull nadou de braçada, enquanto a Mercedes sofreu muito. Justamente pelas escolhas de projeto tomadas, com os taurinos indo muito na eficiência aerodinâmica e a Mercedes se fiando na questão mecânica. Para este ano, ver como a McLaren e a Ferrari irão lidar com estes fatores. Vamos ficar ligados.

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